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Declaração de Bolsonaro sobre concursos não desanima candidatos do DF

Corte na abertura de seleções públicas federais preocupa concurseiros, mas não significa extinção de certames no país

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Rani Rockert estuda para prova da PCDF foto
1 de 1 Rani Rockert estuda para prova da PCDF foto - Foto: Raimundo Sampaio/Esp. Metrópoles

A posição oficial do governo federal sobre a abertura de vagas nos órgãos públicos tem preocupado os concurseiros. No último sábado (22/06/2019), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não há verba suficiente para contratar novos servidores e, por isso, não haverá concursos nos próximos anos.

A declaração assustou os concurseiros. No entanto profissionais que trabalham com preparativos para os exames defendem que a crise não significa o fim das provas. “Podem diminuir o quantitativo de vagas e o número de editais, mas os certames vão existir sempre”, destaca José Wesley Rocha Fernandes, professor do IMP Concursos.

A posição do docente é a mesma da Associação de Apoio aos Concursos e Exames (Aconexa). O presidente do grupo, Renato Saraiva, lembra que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não afeta a abertura de seleções estaduais, municipais e de outros poderes.

“Legislativo e Judiciário, tribunais de Justiça, tribunais de Contas, Ministério Público, estados e municípios continuam tendo total autonomia e dotação orçamentária para realizar concursos, conforme determina a Constituição Federal”, diz Saraiva.

Alternativas

A recomendação da Aconexa é a de que os candidatos procurem oportunidades fora do Executivo Federal. Essa é a ideia de Mariaine Duarte, 26 anos. Formada em direito, ela se prepara há dois anos e reconhece que a situação é alarmante. “A administração pública está precisando muito de funcionários, sabemos que a carência é muito grande em todas as pastas.”

Por isso ela busca aprovação em exames de Minas Gerais e Goiás. No DF, objetivo dela é a Polícia Civil. “Não desisto mesmo, porque meu foco agora serão os estaduais e distritais. Não adianta nada passar em um concurso público e não receber o salário porque não tem dinheiro.”

Renato Saraiva acredita que o momento atual é o de ser confiante, já que, em 1º de junho, as novas regras para abertura de concursos, assinadas pelo Executivo, tiveram início. “O decreto garante, por exemplo, um edital mais antecipado e com clareza em relação a prazos de duração do certame. Portanto não parem de estudar nem de fazer seus cursos preparatórios, pois tem muito concurso bom, com ótimos salários e editais mais seguros pela frente”, reforça.

 

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"Não adianta nada passar em um concurso público e não receber o salário porque não tem dinheiro”
Rani Rockert, 29, acredita que o Executivo não suspenderá totalmente os certames
"Não tem como acabar com tudo, pois o défict está grande”
A concurseira vai investir no certame da PCDF
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Mariaine Duarte, 26 anos, procura concursos estaduais e distritais

Raimundo Sampaio/Especial para o Metrópoles
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"Não adianta nada passar em um concurso público e não receber o salário porque não tem dinheiro”

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Rani Rockert, 29, acredita que o Executivo não suspenderá totalmente os certames

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"Não tem como acabar com tudo, pois o défict está grande”

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A concurseira vai investir no certame da PCDF

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Gabriel Granjeiro, diretor-presidente do Gran Cursos Online, acredita que, mesmo com a declaração de Bolsonaro, o governo não irá ignorar as pastas que estão em situações de urgência. “Existem órgãos do Executivo que estão com carência de profissionais e precisam suprir esse déficit. Ou seja, o governo terá que considerar as situações emergenciais, uma vez que é de conhecimento de todos a necessidade da realização de certames para diversos órgãos federais”, avalia.

Vagas

De acordo com um levantamento feito pela coluna Vaga Garantida, 16 pastas têm carência de 20,6 mil servidores. Entre os casos mais alarmantes, estão o do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com déficit de 7,8 mil funcionários, e o da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que precisa de 4,4 mil novos trabalhadores.

Diante dessa expectativa, a concurseira Rani Rockert, 29, diz que não vai parar os estudos. “Penso que quem já começou deve continuar. Eles podem reduzir a publicação de editais, mas não tem como acabar com tudo, pois o déficit está grande”. Formada em administração, ela também tenta a aprovação em seleções do Distrito Federal.

Arte/Metrópoles

 

 

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