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Dá tempo de estudar para o concurso da PF? Confira dicas para a aprovação

O Metrópoles reuniu as principais dúvidas dos estudantes e entrevistou Victor Tanaka, gerente do Estratégia Concursos

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Policial Federal em operação
1 de 1 Policial Federal em operação - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O edital do segundo maior concurso já realizado pela Polícia Federal foi publicado nesta sexta-feira (15/1). São 1,5 mil vagas para os cargos de delegado, agente, escrivão e papiloscopista.

A apenas dois meses até a prova, muitos concurseiros têm dúvidas sobre como garantir a melhor preparação, em qual conteúdo devem focar na reta final e outros ainda questionam se dá tempo de começar do zero. A proximidade do edital da Polícia Rodoviária Federal (PRF), outro concurso almejado pelos concurseiros da área policial, também causa questionamentos quanto à melhor estratégia de estudos.

O Metrópoles reuniu as principais dúvidas dos estudantes e fez uma entrevista com Victor Tanaka, gerente do Estratégia Concursos, para saná-las. Confira:

É possível conciliar os estudos para PF e PRF, que também terá edital publicado em breve?

Considere que são duas provas que vão ocorrer com uma semana de diferença (a da PF está prevista para 21 de março, e a da PRF, para 28 de março). Se tivesse uma diferença de tempo maior entre as duas, seria possível conciliar. Aos alunos que estão bem avançados nos estudos de ambas, acredito que eles tenham plenas condições de focar na PF – deixando as matérias da PRF no ciclo, com uma carga menor –, e aproveitar para revisar o conteúdo da PRF na semana entre uma prova e outra. É um período muito curto e, para aqueles que vão começar os estudos agora, recomendaria focar em apenas um concurso.

Com relação aos candidatos que estão iniciando os estudos agora, dá tempo de fazer uma boa preparação para que eles se tornem verdadeiros concorrentes até a prova?

O ideal seria uma preparação maior, com mais tempo, para essas provas que têm uma concorrência de altíssimo nível, mesmo com o número de vagas elevado. Mas é possível que o candidato que se dedicar o máximo que puder, estudando integralmente, focando em um edital, consiga ser aprovado, justamente devido ao número elevado de vagas ofertadas. E, mesmo se não conseguir, certamente estará mais preparado para uma próxima oportunidade. Ambos são concursos recorrentes nos últimos anos.

Qual seria o planejamento de estudos realmente efetivo no pós-edital? Em quais aspectos os estudantes devem focar mais? Existe uma rotina ideal?

Estamos preparando uma série de lives gratuitas nos nossos canais para a PF e a PRF. A partir da semana que vem, para ajudar os alunos na preparação para as provas, teremos a Missão 7667 da PRF, que ocorre no dia 18, às 10h, com o objetivo principal de otimizar os estudos dos candidatos até a data da prova: atingir 76% de desempenho em 67 dias – que é o período até a prova, prevista para 28 de março. A rotina ideal é estudar o máximo que conseguir todos os dias. Dedicação total até a prova, focando, principalmente, em revisão e exercícios, além do conteúdo novo que ainda não tenha estudado.

É recomendável estudar 100% do conteúdo dos dois editais? Quais matérias vocês acham que terão maior peso em cada concurso?

É melhor o candidato estudar bem 80% do edital do que estudar mal 100% do edital. Não vale a pena abranger todo o conteúdo programático do edital com superficialidade, em vez de abranger 80% do edital com mais profundidade e conhecimento. Tentar contemplar o máximo de conteúdo, mas também trazer uma base forte em cada um deles. Sobre as matérias, é importante observar o peso e a quantidade de questões previstas em cada uma das provas e utilizar isso de maneira estratégica a seu favor.

Recomendam a realização de simulados inéditos ou com questões da banca? Com que frequência eles devem ser resolvidos nesses dois meses?

Simulados inéditos e questões de bancas são essenciais e precisam ser realizados. Sobre os simulados, o recomendável é fazer, no mínimo, dois simulados até o dia da prova e, nesse caso que as provas estão previstas para ocorrerem em março, não vale a pena fazer toda semana. Vale mais a pena fazer questões da banca e revisar conteúdo. O foco precisa ser em questões da banca Cebraspe, que vai realizar ambos os concursos. Considero que mais da metade do tempo disponível do candidato pode ser alocado em questões de banca e revisão, pois as questões se repetem e tendem a manter uma lógica de cobrança em diversas matérias.

O treinamento para o TAF deve ser iniciado antes da prova objetiva ou depois?

O que sempre passamos para os nossos alunos sobre o TAF é que tente realizar uma preparação física mínima durante os estudos. Ainda que o edital da PF, publicado hoje, tenha apresentado um TAF mais leve, consideramos importantíssimo manter uma atividade física regular durante os estudos para não ter que “correr” na última hora.

Fala-se muito em quantidade de horas líquidas estudadas. Vocês acreditam que existe uma média diária fundamental?

Não. O ideal é que, em dois meses até a prova, o candidato deva estudar o máximo que conseguir por dia. Nesse caso da PF e da PRF, é pouco tempo para se preparar, então o candidato tem de dedicar o máximo de horas possíveis.

O que fazer na última semana antes da prova?

Antes da prova, vale fazer uma revisão geral de todo o conteúdo do edital, focando principalmente em questões da banca e eventuais resumos que o candidato tenha. É uma semana que não vale a pena trazer conteúdo novo. O ideal é fortalecer o que já tem de conhecimento e revisá-lo. Nós temos um e-book gratuito, com um artigo sobre isso e com várias outras técnicas de revisão.

Sobre o concurso

Os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 23 mil. O período para se inscrever no certame vai de 22 de janeiro a 9 de fevereiro, por meio do site da banca organizadora, o Cebraspe. A taxa varia de R$ 180 a R$ 250, dependendo do cargo. As provas serão realizadas em todas as capitais do país, em 21 de março.

Conforme o Metrópoles antecipou em entrevista exclusiva com a diretora de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, Cecília Franco, não houve novidades com relação às disciplinas neste edital. O conteúdo é o mesmo cobrado na última seleção, aplicada em 2018.

A corporação quer celeridade, para que, em agosto, os aprovados ingressem na academia, e o provimento de cargos ocorra até 31 de dezembro de 2021. No fim do processo, a PF contará com o maior efetivo de sua história, podendo ultrapassar a marca de 12 mil policiais.

Veja o edital:

Além das provas objetivas e discursivas, a seleção conta com exame de aptidão física, avaliação médica e psicológica, prova oral e prova de digitação para os cargos de delegado e escrivão, respectivamente, avaliação de título e investigação social. Os que passarem por todas as etapas são convocados para o curso de formação, realizado no período de 10 semanas, na Academia Nacional de Polícia, em Brasília.

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Inscrições para concurso terminaram em 9 de fevereiro
Provas estão previstas para acontecer em 23 de maio
São 1,5 mil vagas para agente de polícia, escrivão, papiloscopista e delegado. Há expectativa de convocação de mais 500 excedentes
Os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 23 mil
Adiamento foi anunciado nesta quinta, pelo Cebraspe
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PF vai oferecer 1,5 mil vagas

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Inscrições para concurso terminaram em 9 de fevereiro

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Provas estão previstas para acontecer em 23 de maio

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São 1,5 mil vagas para agente de polícia, escrivão, papiloscopista e delegado. Há expectativa de convocação de mais 500 excedentes

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Os salários iniciais variam de R$ 12 mil a R$ 23 mil

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Adiamento foi anunciado nesta quinta, pelo Cebraspe

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Cotas

Uma das grandes mudanças do novo edital é a possibilidade de migração para ampla concorrência, caso o candidato seja desclassificado na banca de cotas raciais.

“Antes, se o candidato não fosse considerado negro, ele era eliminado do concurso, independentemente da nota alcançada na prova. Agora, vai poder mudar de classificação; em muitos casos, acabava sendo uma injustiça, porque a pessoa poderia ser a primeira colocada, mas não conseguia participar das demais etapas”, explicou a delegada Cecília Franco ao Metrópoles.

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