Concurso Sedestmidh: Ibrae divulga nova data de prova para educador
Exames para os demais cargos não tiveram dia estipulado ainda. Certame foi marcado por confusão no último domingo (24)
atualizado
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O Instituto Brasil de Educação (Ibrae) divulgou nova data de prova para um dos cargos do concurso da Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedest), ou antiga Sedestmidh. A avaliação para as vagas de educador social será aplicada em 14 de abril, das 14h às 18h30.
A informação foi comunicada no site do Ibrae. O instituto, entretanto, não deu outros detalhes sobre a avaliação, mas recomendou que os candidatos aguardem a liberação do cartão de prova. Novas datas de testes para outros cargos não foram anunciadas .
O concurso foi lançado em novembro do ano passado, com 314 vagas imediatas e formação de cadastro de reserva de 1.570, para os cargos de especialista em assistência social e técnico em assistência social. A banca registrou 53.748 inscritos: 27.297 de ensino médio e 26.451 com ensino superior.
Para o cargo de educador social, a pasta disponibilizou 18 vagas para contratação imediata e 90 para formação de cadastro reserva. A remuneração para a carreira é de R$ 3,5 mil, com jornada de 30 horas de trabalho semanais.
Entenda o caso
A banca decidiu anular as provas do concurso, aplicadas no último domingo (24/3), após o atraso na distribuição dos testes aos candidatos que estavam na Universidade Paulista (Unip), na 913 Sul.
Revoltados, os concurseiros ficaram nos corredores e pediram a suspensão do certame. Em imagens enviadas ao Metrópoles, foi possível ver pessoas com as provas na mão discutindo as questões e tirando foto das páginas. Nos corredores, a suspeita era de que um malote tinha sido extraviado do Bloco I da instituição de ensino.
Muitas pessoas desistiram e foram embora revoltadas, com as provas em mãos. Outros problemas apontados pelos concurseiros foram a falta de detector de metais, de policiamento e falha na fiscalização. “Não tinha fiscal nos corredores nem mesmo no banheiro. O que é de praxe em todos os concursos. Foi uma bagunça generalizada”, disse o candidato Paulo Mesquita.
Vandalismo
Em nota, o Ibrae disse que cometeu um “engano” ao mandar malote de provas para a faculdade errada, mas afirma que o cancelamento do certame se deu por conta de atos de vandalismo de alguns candidatos.
No texto, a banca organizadora explica ter constatado que um único malote de provas destinado para a Unip foi enviado à Upis. Esse “engano”, segundo o Ibrae, atrasaria em 27 minutos o início da prova em cinco salas da Unip.
O instituto detalhou que a distância entre as universidades é de menos de 1 km e frisou ainda que o “engano” foi solucionado. “O único malote de provas trocado chegou corretamente à Unip, inviolado, às 8h27”, destaca o texto. A banca ressalta que o tempo extra seria acrescido ao total do prazo para a realização da prova, a fim de que nenhum candidato das cinco salas fosse prejudicado.
O que seria uma simples troca de malote transformou-se em um verdadeiro ato de vandalismo praticado por alguns candidatos que estavam na Unip
Trecho da nota do Ibrae
“Contudo, um único fato impediu o reinício da prova. Quatro homens deixaram juntos uma das salas, contrariamente à instrução da coordenação do concurso. Eles foram reiteradamente informados que
deveriam retornar para o local de provas, mas se negaram a fazê-lo. Em seguida, os vândalos prenderam seis coordenadores do concurso na Sala de Coordenação da Unip, durante mais de duas horas, inviabilizando que as provas corretas fossem enfim levadas às salas”, comunicou o Ibrae, que trata o caso como ato de vandalismo.
Confira a nota na íntegra:
Comunicado Ibrae by Metropoles on Scribd
Investigação
A Polícia Civil abriu investigação, conduzida pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes contra a Administração Pública (Cecor). Vários candidatos prestaram queixas em delegacias do DF denunciando uma série de irregularidades.
Veja vídeos da confusão: