Concurso da PRF: corporação confirma que novo pedido é de 2.634 vagas
Solicitação já foi enviada ao Ministério da Justiça para o cargo de policial rodoviário. A remuneração inicial do cargo chega a R$ 10.357,88
atualizado
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De acordo com informações divulgadas pela corporação, o pedido do novo concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) encaminhado para o Ministério da Economia é de nada menos do que 2.634 vagas, todas destinadas ao cargo de policial rodoviário.
Para ingressar na carreira é necessário possuir nível superior em qualquer área de formação, além de carteira de habilitação a partir da categoria “B”. A remuneração inicial do cargo é de R$ 10.357,88, já considerando o auxílio-alimentação de R$ 458,00.
A corporação, que contou recentemente com mudanças administrativas, com a nomeação, em 22 de maio, do novo diretor geral, Eduardo Aggio de Sá, apresenta grande carência de pessoal, principalmente para o cargo de policial.
De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Deolindo Carniel, a instituição conta com uma promessa do governo de promover novos certames para a instituição anualmente até 2022, com oferta de mil vagas cada.
De acordo com o sindicalista, o objetivo é contar com 13.098 policiais rodoviários até o fim do governo Jair Bolsonaro. Porém, as mil vagas que deveriam ser oferecidas em 2019 não foram disponibilizadas, o que reforça a possibilidade de aprovação das 2.634 solicitadas.
Exceção
O presidente Jair Bolsonaro disse, em 2019, que o órgão deveria ser uma exceção dentro da política de contenção de contratação de servidores anunciada na ocasião pelo ministro da economia, Paulo Guedes.
“Paulo Guedes determinou que poucas áreas terão concurso, porque não tem como pagar mais. O problema é esse. A gente até gostaria, em uma área ou outra. Abri uma exceção para a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal”, disse o presidente.
Vale ressaltar que declarações do Ministro Paulo Guedes tem ido contra a liberação de novos processos seletivos públicos. No entanto, a segurança pública e o policiamento federal tem sido o foco do atual governo federal, sempre defendido pelo atual presidente Bolsonaro.
Além disso, a lei complementar 173 de 2020, que suspende a realização de certames durante a crise de saúde ocasionada pelo Coronavírus, prevê a possibilidade eventual de contratações, desde que apenas para reposição de pessoal, como é o caso da PRF, tendo em vista que as reposições não acarretam em aumento da folha de pagamento.
A corporação conta com uma defasagem de aproximadamente 3 mil servidores, podendo chegar a 5 mil em 2022.