Após AGU recorrer de liminar, Cebraspe divulga locais de prova da PRF
O certame está programado para ocorrer neste domingo (9/5), mas ainda depende de decisão judicial para ocorrer
atualizado
Compartilhar notícia
Após a Advogado-Geral da União (AGU) recorrer da liminar expedida pela 20ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, que determina a suspensão da aplicação das provas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) disponibilizou, nesta quarta-feira (5/5), a consulta aos locais do concurso. O certame está programado para ocorrer neste domingo (9/5), mas ainda depende de decisão judicial.
Informações contidas no site do Cebraspe afirmam que os candidatos serão divididos em grupos, cada um com um horário diferente para acessar os locais de prova. O objetivo é evitar aglomeração nos portões.
A juíza federal substituta Liviane Kelly Soares Vasconcelos, no entanto, entendeu que permanece a situação de crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19: “Assim, o que se verifica é que, de acordo com os dados oficiais, não houve melhora significativa na situação da saúde pública de modo a justificar que uma prova adiada em 12 de março de 2021 seja aplicada em 9 de maio de 2021.”
Candidatos entraram com pedido de suspensão da prova. O advogado do caso, José da Silva Moura Neto, disse ao Metrópoles que o Brasil “está no mês mais dramático da pandemia”. “Não faz o menor sentido aglomerar 300 mil pessoas pelo país”, pontuou.
“Sessenta candidatos me procuraram desesperados com o risco que poderiam impor a seus familiares, sendo que muitos deles já estavam aprovados no concurso”, afirmou o advogado.
Repercussão
A determinação da Justiça Federal para a suspensão do certame divide opinião entre concurseiros.
O candidato André Campos Marques, 38 anos, acredita que a suspensão da prova “é uma interferência do Judiciário no Executivo e uma falta de respeito com quem está estudando de verdade, mesmo durante a pandemia”.
“Ocorre que uma grande parcela daqueles que querem a suspensão dos concursos está usando a pandemia como desculpa por ter parado de estudar nesse período. Não conheço um concurseiro que esteja todos os dias nas salinhas de estudo, das 8h às 20h, que queria a suspensão das provas”, afirmou.
Estudando para o concurso da PRF há oito meses, Isabella Alves, 21, se disse aliviada com a decisão judicial: “Temos um Judiciário que tem prezado pelo bom senso e pela vida dos brasileiros. Acredito, sim, que as provas precisam ocorrer para preencher a corporação. Porém, antes disso, precisamos zelar pela segurança dos futuros policiais desde antemão. Uma decisão como essa está cumprindo com o que a própria Constituição assegura: saúde e proteção”.