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Candidatos temem novas falhas em concurso dos bombeiros no domingo

Após a sucessão de problemas nos últimos dois fins de semana — que resultaram na anulação de uma prova — concurseiros estão ansiosos

atualizado

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1 de 1 310815MM_incendiomarinha027 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A seleção pública para 779 vagas destinadas a recompor os quadros do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) está pegando fogo. Após a série de problemas nas provas aplicadas nos dois últimos fins de semana, os 30.950 inscritos para o curso de praças — que prestarão exame neste domingo (19/2) — temem que as falhas se repitam. A incerteza tomou conta do certame e candidatos vão protestar, no dia da prova, contra a banca examinadora, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistência Nacional (Idecan).

“Nós queremos protestar, de forma pacífica, contra essa banca que não tem competência para realizar um concurso desse tamanho”, declarou Diogo Souza, 27 anos, criador do evento Nariz de Palhaço na prova do Idecan. Na página do Facebook, 56 pessoas já confirmaram que irão participar do protesto usando o nariz vermelho.

Diogo conta que fez as outras duas provas que registraram problemas e não consegue ficar tranquilo quando pensa no próximo teste. “O que queremos é dignidade, que sejamos tratados com respeito e possamos fazer a prova sem estresse e transtorno”, explicou.

Leda Ávida, 28 anos, também prestou os concursos dos últimos dois fins de semana e afirma estar muito mais ansiosa para o teste deste domingo (19). “Desde abril do ano passado eu estou estudando. E agora estou mais preocupada, desmotivada. Não quero ter de fazer a prova para depois ser cancelada. Estou desconfiada com esse concurso”, disse ao Metrópoles.

Problemas recentes
Em 5 de fevereiro, 4.290 pessoas que concorriam ao cargo de condutor e operador de viatura se sentiram lesadas. Entre as irregularidades apontadas pelos inscritos, estavam o fato de muitos terem recebido provas com o nome de outras pessoas.

Além disso, alegaram que o gabarito foi extraviado, o cartão de resposta não estava em envelope lacrado, houve desorganização nos locais de prova e até celulares foram flagrados dentro das salas. O caso motivou um protesto em frente ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) cobrando a anulação das provas.

Anulação
Mais grave foi a situação verificada no domingo seguinte, 12 de fevereiro. Naquele dia, 7.017 concurseiros fizeram o teste para oficial. Mas as provas objetivas e discursivas aplicadas no turno da tarde, para o concurso de 2º tenente, foram anuladas na terça (14).

A banca responsável, o Idecan, não disponibilizou a folha oficial para a redação. As pessoas que realizaram a prova tiveram que identificar o rascunho com o número da inscrição, o nome e o CPF.

O Metrópoles procurou o Idecan para saber sobre as medidas adotadas visando evitar problemas no domingo (19). No entanto, até a última atualização desta reportagem, o instituto não tinha respondido às perguntas. Nas últimas vezes que se posicionou, o Idecan afirmou que tomou providências para que a situação não se repita.

TCDF
Nesta semana, o deputado distrital Reginaldo Veras (PDT) entrou com uma representação no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) pedindo a suspensão, “em caráter cautelar”, da realização do concurso e, ainda, a anulação de todas as provas já feitas (veja documento abaixo).

Deputado pede cancelamento de prova de concurso by Metropoles on Scribd

Nota
Em  nota, o Idecan disse que os candidatos podem ficar tranquilos, pois o instituto tem mais de 10 anos de experiência atuando na área e atendendo clientes em todo o país, como o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, a Polícia Rodoviária Federal, entre outros.

“Assim, o Idecan reafirma o seu compromisso em desenvolver seus trabalhos de forma séria, prezando a isonomia e a licitude na aplicação de concursos em todo o Brasil”, ressaltou a instituição, por meio do documento.

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