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Alteração no edital dos bombeiros não exclui atestado ginecológico

Em entrevista coletiva, comando do Corpo de Bombeiros do DF confirmou a retirada do termo “hímen íntegro”, mas informou que não vai dispensar comprovação de que a candidata não tem câncer de colo de útero

atualizado

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CBMDF/ Divulgação
atendimento bombeiros atropelamento
1 de 1 atendimento bombeiros atropelamento - Foto: CBMDF/ Divulgação

Depois da polêmica envolvendo exigências do edital do concurso do Corpo de Bombeiros, a corporação convocou a imprensa, na tarde desta sexta-feira (29/7), para explicar a obrigatoriedade do exame papanicolau para as mulheres que pretendem concorrer a uma vaga. O texto foi alterado, mas apenas o termo “hímen íntegro” não consta mais no texto. Ainda é necessário um laudo que descarte a incidência de câncer de colo de útero ou um atestado médico indicando que a candidata não precisa ser submetida ao papanicolau. Segundo os bombeiros, os exames de triagens sempre foram exigidos nos certames.

Análises semelhantes não foram solicitados aos homens. Roberta Mireille, ginecologista do Corpo de Bombeiros, explica que a maior incidência de câncer de próstata é a partir dos 45 anos, assim como nas mulheres. “No caso delas, a doença tem relação direta com o HPV e vida sexual ativa. No caso do homem, não. O que queremos saber não é se a candidata tem HPV, que não a exclui. Quando o exame se mostra alterado, a paciente será diagnosticada, tratada e pode ter condições de entrar nos bombeiros. No caso do câncer de colo de útero, ela não terá condições físicas de exercer as atividades”, disse a médica.

Na prática, apesar do novo texto, o exame continua sendo exigido. O que mudou foi apenas a retirada do termo “hímen íntegro” do texto. “Assim que tomamos conhecimento da polêmica, nos reunimos para tratar o assunto. Ficou decidido que o exame ou o laudo continua sendo exigido, mas mudamos o termo no edital”, explicou o tenente-coronel Alan Araújo, chefe da comunicação dos bombeiros.

O coronel explicou ainda que, a cada dois anos, todos os militares passam por avaliações médicas para atestar as boas condições de saúde. “As mulheres fazem os mesmos exames novamente e os homens, a partir da idade de incidência de câncer de próstata, também fazem os exames que detectam a doença. É uma forma de prevenção e de cuidado com os militares e com a corporação”, completou o coronel.

 

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