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MP pede ao TCU bloqueio de bens de mulher que fraudou pensão militar

Ana Lucia Galache recebeu pensão especial por mais de três décadas, de outubro de 1988 a maio de 2022

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Ana Lucia Galache
1 de 1 Ana Lucia Galache - Foto: Reprodução/ Redes sociais

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pediu que o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueie os bens de Ana Lucia Umbelina Galache de Souza, a falsa filha solteira de militar. A fraude da pensão, revelada pela coluna, chega a R$ 7,2 milhões em valores corrigidos.

Na semana passada, o TCU já havia condenado Galache a devolver mais de R$ 3 milhões, além de multa de R$ 1 milhão. Galache também não poderá exercer cargo em comissão ou função de confiança por 8 anos.

Agora, o subprocurador pede também que os bens da mulher sejam bloqueados.

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Ana Lucia Galache, 55 anos, foi condenada pelo TCU a devolver pensão militar de filha solteira que recebeu indevidamente por mais de três décadas
Ana Lucia Galache, 55 anos, foi condenada pelo TCU a devolver pensão militar de filha solteira que recebeu indevidamente por mais de três décadas
Ana Lucia Galache, 55 anos, foi condenada pelo TCU a devolver pensão militar de filha solteira que recebeu indevidamente por mais de três décadas
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“Quantos casos de filhos ‘adotados’ por avós às vésperas de seu falecimento, quantos idosos que se “casam” com seus cuidadores, quantas filhas alegam, falsamente, serem ‘maiores solteiras’ e sem renda própria, para continuar a receber ilegalmente pensão de seus pais falecidos. Tudo isso dentro do indevido conceito popular de que proventos de aposentadoria ou pensão constituem herança apta a beneficiar, indefinidamente, os familiares dos beneficiários falecidos. O fato é que pensão não é herança, sendo devido seu pagamento apenas nos casos especificados em lei!”, diz o documento.

“Nada obstante a pertinência da deliberação do TCU, entendo que adicional medida deva ser adotada no caso: a indisponibilidade dos bens da responsável”, prossegue Furtado.

Mulher recebeu pensão militar indevidamente por mais de três décadas

Galache recebeu a pensão durante 33 anos, de outubro de 1988 a maio de 2022, quando foi suspensa. O motivo: uma denúncia feita em 2021 pela própria avó, Conceição Galache de Oliveira, que teria orquestrado a fraude e com quem a neta dividia os valores.

A avó morreu pouco tempo depois de denunciar a neta e não chegou a responder criminalmente pelo caso. Conceição a denunciou pois Galache não queria lhe repassar R$ 8 mil.

A avó fraudou a certidão de nascimento da neta, quando ainda era menor de idade, para que se passasse por filha de Vicente Zarate, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Zarate é irmão de Conceição e tio-avô de Galache. O militar, porém, não tinha filhos e a pensão que recebia cessaria quando morresse.

No documento falso, Ana Lucia Galache usava o nome de Ana Lucia Zarate.

Galache confessou os fatos em depoimento e admitiu ter usado a certidão de nascimento falsa para ganhar a pensão especial e foi condenado em fevereiro de 2023 a três anos e três meses de prisão pela justiça militar. Ela também disse estar arrependida.

“[Ana Lucia Galache] não sabe porque o seu tio-avô Vicente não registrou outros sobrinhos nem por que ele quis ajudá-la; que em 1992 o seu marido chegou a dizer para que falasse à sua avó Conceição que cancelaria a pensão, mas ela fez ameaças de denunciá-la; que a sua avó recebia metade da pensão e por isso não queria que a cancelasse”, detalha a sentença da Justiça Militar.

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