metropoles.com

Flávio Dino se manifesta sobre pedido de Dama do Tráfico

Dama do Tráfico se reuniu com dois ex-secretários de Flávio Dino quando ele era ministro da Justiça e Segurança Pública

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Lula CV impeachment Luciane Farias dama tráfico ministério da Justiça secretário de Flávio Dino
1 de 1 Lula CV impeachment Luciane Farias dama tráfico ministério da Justiça secretário de Flávio Dino - Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino acompanhou o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e votou contra recurso apresentado pela defesa de Luciane Barbosa Farias, conhecida como a Dama do Tráfico amazonense, e de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas – uma das lideranças da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas.

Dino chefiava o Ministério da Justiça e Segurança Pública quando quatro autoridades da pasta, incluindo dois secretários, receberam Luciane Barbosa em seus gabinetes. Na ocasião, o ministro minimizou o episódio, disse que não tinha conhecimento das reuniões realizadas por seus subordinados e jogou a responsabilidade para o então secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz.

Apontada pelo Ministério Público como o braço financeiro do Comando Vermelho no Amazonas, Luciane acionou a Suprema Corte após perder o prazo para recorrer do acórdão do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) que a condenou em outubro de 2023 a 10 anos de prisão por associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

6 imagens
Luciane Farias, esposa de líder do CV do Amazonas bateu à porta de Chiquinho Brazão
Luciane e Natividade em evento em Brasília
Luciane Farias
Luciane Barbosa, esposa de Tio Patinhas, líder do CV no Amazonas
Luciane já foi condenada a 10 anos por associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro
1 de 6

Luciane Barbosa Farias, a Dama do Tráfico amazonense

Reprodução/ Redes sociais
2 de 6

Luciane Farias, esposa de líder do CV do Amazonas bateu à porta de Chiquinho Brazão

Reprodução
3 de 6

Luciane e Natividade em evento em Brasília

Reprodução/ Facebook
4 de 6

Luciane Farias

Reprodução/Instagram
5 de 6

Luciane Barbosa, esposa de Tio Patinhas, líder do CV no Amazonas

Reprodução
6 de 6

Luciane já foi condenada a 10 anos por associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro

Arquivo obtido pelo Estadão

Os advogados de Luciane e Clemilson tinham 15 dias para contestar a decisão, mas enviaram o recurso após esse período. A defesa alega, porém, que o cálculo do prazo tem sido feita equivocadamente.

Em seu voto, Barroso, que é relator da ação, destacou que os advogados não trouxeram argumentos aptos a desconstituir a decisão agravada. “A ocorrência de feriado local, recesso, paralisação ou interrupção do expediente forense deve ser demonstrada, por documento idôneo, no ato da interposição do recurso manejado”, avaliou o magistrado.

“No presente caso, os recorrentes apenas anexaram mera captura de tela (printscreen) e um link que remete ao sítio do Tribunal de origem, o que não satisfaz a exigência do requisito acima referido”, prosseguiu.

Além de Flávio Dino, Barroso foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Carmén Lúcia. Basta mais um voto para o plenário virtual formar maioria e rejeitar o recurso apresentado pela Dama do Tráfico. Os magistrados têm até segunda-feira (11/11) para se manifestarem.

Entre abril e setembro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou por oito vezes as alegações apresentadas pela defesa da Dama do Tráfico e do Tio Patinhas. Agora, eles recorrem à máxima Corte do País.

Quem é a Dama do Tráfico, que visitou ex-secretários de Flávio Dino

Luciane Barbosa é apontada como a responsável por ocultar, empregar e lavar valores oriundos da máquina criminosa do tráfico de drogas.

“Luciane Barbosa Farias era a responsável por acobertar a ilicitude do tráfico, tornando o numerário deste com personificação lícita, ao efetuar compra de veículos, apartamentos e até mesmo abrindo empreendimento. Logo, inquestionável é a participação da apelada na organização criminosa Comando Vermelho”, escreveu a desembargadora Vânia Marques Marinho, do TJAM, ao condená-la.

O Ministério Público do Amazonas a descreveu ainda como “comparsa” dos crimes do tráfico e acrescentou que ela demonstrava “inteligência financeira” na organização.

“Ao tempo em que aparecia como esposa exemplar, era o ‘braço financeiro’ de Tio Patinhas. Exercia papel fundamental, também, na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas’”, diz o Ministério Público na denúncia.

Em nota, Luciane afirmou que não é “faccionada” de nenhuma organização criminosa e que está sendo criminalizada pelo fato de ser esposa de um detento. Clemilson também responde por assassinatos e tentativas de homicídio no Amazonas.

Nas redes sociais, Luciane se diz estudante de direito e ativista de direitos humanos. Quando visitou o Ministério da Justiça, ela também se apresentava como presidente do Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), uma ONG que, segundo o próprio site, atua em defesa dos direitos humanos e fundamentais de presos. Para a Polícia Civil, o instituto é financiado pelo tráfico de drogas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?