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“Desfazueli”: Gustavo Gayer desviou dinheiro para loja do filho

Investigação da PF diz que imóvel alugado com cota parlamentar estaria sendo usado para sediar loja de roupas e curso de idiomas

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1 de 1 Imagem colorida do deputado federal Gustavo Gayer - Metrópoles - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

A Polícia Federal afirma que o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) desviou recursos públicos da chamada cota parlamentar para uma escola de inglês, a Gayer e Gayer Idiomas LTDA, e uma loja de roupas, a Desfazueli – que está em nome do filho do parlamentar.

“A análise dos dados extraídos das mídias eletrônicas apreendidas revelou indícios de que o Deputado Federal Gustavo Gayer teria utilizado espaço físico (Rua T-38, nº 147, QD 116,LT 11, Setor Bueno, Goiânia/GO) alugado com verbas de cota parlamentar, supostamente destinado ao funcionamento de Gabinete Parlamentar, para a operação da empresa Loja Desfazueli e da escola de inglês Gayer Language Institute”, diz trecho da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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Gabinete do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) que é alvo da Operação Discalculia, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (25/10) com o objetivo de desarticular associação criminosa voltada para desvio de cota parlamentar, além de falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
Operação da PF teve como alvo assessores de Gayer suspeitos de desvio de cota parlamentar
Gustavo Hayer com outros bolsonaristas em sessão da Câmara
Deputado federal Gustavo Gayer, alvo de operação da PF nesta sexta-feira (25/10)
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PF encontra R$ 72 mil em casa de assessor do deputado Gustavo Gayer

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Gabinete do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) que é alvo da Operação Discalculia, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (25/10) com o objetivo de desarticular associação criminosa voltada para desvio de cota parlamentar, além de falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).

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Operação da PF teve como alvo assessores de Gayer suspeitos de desvio de cota parlamentar

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Gustavo Gayer é deputado federal do PL de Goiás

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“Além disso, as mídias extraídas na busca e apreensão teriam revelado que os secretários parlamentares de Gustavo Gayer eram utilizados, no espaço físico locado com verbas de cota parlamentar, para atender às demandas da Loja Desfazueli”, prossegue o magistrado.

A Desfazueli está em nome de Gabriel Sander Araujo Gayer, filho de Gustavo Gayer. Os valores mensalmente pagos através de cota parlamentar para alugar o imóvel variam, desde fevereiro de 2023, de R$ 6 mil a R$ 6,5 mil. A prática configuraria, em tese, o crime de peculato desvio, segundo Moraes.

Cerca de 60 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO). Além da residência de Gayer, os policiais foram a seu gabinete, em Brasília, e a casas de seus assessores.

O que diz o deputado Gustavo Gayer

Logo depois da operação, Gayer divulgou nas redes sociais um vídeo em que culpa o ministro do STF Alexandre de Moraes pela busca e apreensão e chama a PF – que, segundo ele, esmurrou sua porta – de “jagunço de ditador“, numa referência ao magistrado. Veja:

“Esse é o Brasil que a gente tá vivendo agora, é surreal o que estamos vivendo. Onde isso vai parar? Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Eu não sei por que estou sofrendo busca e apreensão, numa sexta-feira, dois dias antes das eleições, claramente tentando prejudicar o meu candidato Fred Rodrigues”, reclamou Gayer, no vídeo.

“Eu falei para a PF que estava aqui: ‘Não estou acreditando que essa corporação que a gente tanto admirou, que a gente tanto tentou proteger, hoje viraram jagunços de um ditador’. Sinceramente, esse é o momento que a gente começa a perder a esperança mesmo”, completou.

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