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Bolsonaro tinha plano de fuga com uso de armas e técnicas militares

Esquema para Bolsonaro fugir do país foi montado em março de 2021 e seria colocado em prática em caso de suposta intervenção do STF

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7 de setembro protesto brasil brasilia bolsonaro stf esplanada DF
1 de 1 7 de setembro protesto brasil brasilia bolsonaro stf esplanada DF - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Federal identificou plano para “evasão e fuga” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) do país. O esquema seria colocado em prática caso ocorresse eventual intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) no Executivo ou a cassação da chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

O esquema tinha técnicas militares e previa o uso de armamentos e munições para pronto emprego, que estariam em um cofre.

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Power Point traz detalhes sobre plano de fuga de Bolsonaro com uso de armas e técnicas militares
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Os detalhes do plano são descritos em relatório da PF cujo sigilo foi derrubado nesta terça-feira (26/11) pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Trinta e sete pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro e 25 militares, foram indiciadas por tentativa de golpe de Estado.

O plano de fuga foi encontrado no notebook do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, tenente-coronel Mauro Cid, considerado o braço direito de Bolsonaro. O documento, em formato de PowerPoint, foi criado em 22 de março de 2021.

O esquema, segundo a PF, reforça o uso de técnicas de forças especiais do Exército no interesse da organização criminosa.

O plano de fuga de Bolsonaro tinha três passos:

  1. Proteção do presidente no Planalto e na Alvorada: haveria a cooptação de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que, uma vez acionados, ocupariam posições estratégicas nos palácios do Planalto e da Alvorada para auxiliar na exfiltração do então presidente da República;
  2. Condições de ocupar Etta Estrg como forma dissuasória para mostrar apoio ao presidente: a consulta realizada nos repositórios oficiais descreve o termo “Etta Estrg” como uma abreviação para “estrutura estratégica”. São instalações, serviços, bens e sistemas que, se interrompidos ou destruídos, provocarão sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade;
  3. Montar e operar um Rafe/Lafe para exfiltrar o presidente para o exterior: após garantir a segurança de Jair Bolsonaro, os militares golpistas criariam uma rede de auxílio para acolher o ex-presidente e conduzi-lo para fora do território nacional.

Segundo o Glossário de Termos e Expressões para Uso no Exército (2018), Rafe é a sigla para Rede de Auxílio À Fuga e Evasão. Trata-se de “dispositivo montado em território ocupado pelo inimigo, que visa acolher o fugitivo amigo e conduzi-lo até uma linha de auxílio à fuga e evasão”.

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Ato 7 de Setembro com Jair Bolsonaro na Avenida Paulista em SP
Grupos mais radicais pediam intervenção
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O ex-presidente Jair Bolsonaro dá tiros com um fuzil

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Ato 7 de Setembro com Jair Bolsonaro na Avenida Paulista em SP

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Grupos mais radicais pediam intervenção

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O ex-presidente Jair Bolsonaro

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Desfile de carros militares para entregar a Bolsonaro um convite para a Operação Formosa

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PF investiga relação de Jair Bolsonaro com as Forças Armadas

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Cerimônia de comemoração do Dia do Soldado

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Presidente Bolsonaro e ministro Ciro Nogueira disparam obuseiro de artilharia, a convite do comandante e participa da operação Formosa

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PF investiga relação de Jair Bolsonaro com as Forças Armadas

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O ex-presidente Jair Bolsonaro

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Já o termo Lafe é a sigla para Linha de Auxílio à Fuga e Evasão. É descrito como um “dispositivo montado em território ocupado pelo inimigo que visa dar condições ao evadido de chegar às linhas amigas. Interliga várias redes de auxílio à fuga e evasão”.

“Apesar de não empregado no ano de 2021, o plano de fuga foi adaptado e utilizado no fim do ano de 2022, quando a organização criminosa não obteve êxito na consumação do golpe de Estado. Conforme será descrito nos próximos tópicos, Jair Bolsonaro, após não conseguir o apoio das Forças Armadas para consumar a ruptura institucional, saiu do país, para evitar uma possível prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 (festa da Selma)”, destaca o relatório da PF.

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