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Risco Lula: o temor da PF com a segurança do candidato petista

Policiais temem que o staff da campanha petista negligencie alertas, como aconteceu com Fernando Haddad em 2018

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Gustavo Moreno/Metrópoles
candidato presidencia Luiz inacio lula da Silva durante Convenção Nacional do PSB, em pauta está a escolha do candidato a vice-presidente da República, Geraldo Alckmin 2
1 de 1 candidato presidencia Luiz inacio lula da Silva durante Convenção Nacional do PSB, em pauta está a escolha do candidato a vice-presidente da República, Geraldo Alckmin 2 - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

A tarefa de proteger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha tem levado preocupação à cúpula da Polícia Federal. Fontes da corporação ouvidas pela coluna dizem enxergar riscos reais à segurança do petista.

Na escala de 1 a 5 criada para dimensionar o nível de ameaça aos candidatos, os eventos com a participação de Lula serão classificados sempre no patamar máximo. “O nível dele será 5 sempre, na escala de 1 a 5. Se a escala fosse de 1 a 10, com certeza seria 10”, define um policial ligado ao atual comando da PF e envolvido diretamente na tarefa.

Cabe à Polícia Federal garantir a segurança de Lula e dos demais candidatos ao Palácio do Planalto, à exceção de Jair Bolsonaro, que por estar no cargo de presidente tem proteção do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI.

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

Fábio Vieira/Metrópoles
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

Reprodução/YouTube
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

Em privado, dirigentes da PF dizem temer que Lula e seu staff negligenciem eventuais alertas de risco, como já ocorreu em campanhas anteriores do PT, entre elas a de Fernando Haddad, em 2018.

Um caso usado para ilustrar o temor envolve um alerta feito a Haddad sobre uma pessoa próxima que, na avaliação dos policiais, representava uma ameaça à família do então candidato. Segundo fontes a par do caso, ele demorou a acreditar no alerta.

Em silêncio, a PF pediu autorização à Justiça para coletar elementos que permitissem a verificação do risco e demonstrou, depois, que a preocupação fazia sentido.

O potencial agressor tinha problemas mentais e vinha fazendo ameaças. A proteção a familiares ao então candidato presidencial petista foi reforçada. Mais tarde, diz a fonte, Haddad reconheceu que os policiais estavam certos ao apontar o risco.

De todas as equipes de segurança encarregadas da proteção aos presidenciáveis neste ano, a que faz a segurança de Lula é a maior, com possibilidade de ganhar reforços ao longo da campanha, a depender da necessidade.

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