Por temor de novos ataques após prisões, sede da PF teve segurança reforçada
Agentes da tropa de elite da corporação foram mobilizados para proteger o prédio. Policiais temiam reação armada de bolsonaristas
atualizado
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A preparação da megaoperação deflagrada nesta quinta-feira para prender bolsonaristas radicais levou em conta a possibilidade de haver reação, inclusive armada, especialmente entre os remanescentes do acampamento bolsonarista na frente do QG do Exército.
Horas antes da deflagração, havia entre os responsáveis pela operação o temor de que as prisões pudessem inflamar ainda mais os ânimos dos apoiadores mais radicais de Jair Bolsonaro, cujo mandato termina no próximo sábado.
Em razão do temor de distúrbios, algumas medidas adicionais foram adotadas. Para evitar a repetição do quebra-quebra realizado no dia 12, motivo dos mandados que estão sendo cumpridos nesta quinta, foi montado um esquema especial para proteger a sede da Polícia Federal.
Havia uma preocupação especial com a possibilidade de que militantes bolsonaristas voltassem a tentar invadir o prédio após o cumprimento dos novos mandado e repetissem a arruaça do dia 12.
Dezenas de policiais, incluindo equipes de do Comando de Operações Táticas, a tropa de elite da PF, foram postos de prontidão para fazer a segurança do edifício, na região central de Brasília. Um helicóptero também foi mobilizado especificamente para essa operação paralela.
A operação desta quinta tem como alvos militantes radicais que participaram do quebra-quebra, mas vários deles são suspeitos também de terem ligação com o planejamento de atentados às vésperas da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, como o que pretendia explodir uma bomba no aeroporto de Brasília.