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Partido de Bolsonaro arrecadou R$ 2,5 milhões na pré-campanha

Doações feitas por empresários ao PL já correspondem a 62% do que Bolsonaro declarou ter recebido em 2018. Veja quem já contribuiu

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Imagem colorida de Valdemar Costa Neto dando um abraço em Jair Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Valdemar Costa Neto dando um abraço em Jair Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Divulgação/PL

O partido do presidente Jair Bolsonaro conseguiu arrecadar R$ 2,5 milhões com empresários no período da pré-campanha ao Palácio do Planalto. O valor representa 62% do volume total de doações que Bolsonaro declarou ter recebido nas eleições de 2018, quando se elegeu no segundo turno.

Como o Tribunal Superior Eleitoral só liberou as contribuições diretas para os candidatos na semana passada, as doações para a campanha à reeleição de Bolsonaro foram direcionadas ao diretório nacional do Partido Liberal.

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Segundo extratos bancários apresentados pelo PL ao tribunal, referentes a receitas e despesas realizadas até o fim de maio, a maior doação foi feita pelo banqueiro José Felipe Diniz, acionista e conselheiro do Banco Inter. Foram dois repasses que somam R$ 600 mil, feitos em março e maio.

Logo no primeiro ano de governo, Bolsonaro acolheu um pleito da instituição financeira e publicou um decreto autorizando o banco a ter até 100% de participação estrangeira em seu capital, com o argumento de que a medida era do “interesse do governo brasileiro”.

Na sequência do ranking de quem mais contribuiu para o partido de Bolsonaro aparecem quatro integrantes da família Koren de Lima, dona da operadora de saúde Hapvida. Foram quatro doações de R$ 312,5 mil, totalizando R$ 1,2 milhão.

O montante é exatamente o mesmo que a família repassou para o PT do ex-presidente Lula, principal adversário de Bolsonaro na corrida presidencial. A maior parte dos recursos foi transferida no mesmo dia, em abril, tanto para a conta do PL quanto para a conta petista.

Já o ex-senador por Roraima e leiloeiro Sodré Santoro fez uma transferência de R$ 250 mil em março para a conta do partido comandado por Valdemar Costa Neto. Outro político-empresário que também financiou a sigla de Bolsonaro é Maurício Tonhá, ex-prefeito de uma pequena cidade do Mato Grosso, com uma doação de R$ 100 mil.

Outros 15 empresários do agronegócio atenderam ao apelo feito em fevereiro pelo pecuarista Bruno Sheid, amigo do presidente da República e frequentador do Palácio do Planalto, e fizeram uma série de doações para o PL no valor de R$ 10 mil cada.

Apesar de a arrecadação feita na pré-campanha representar mais da metade dos R$ 4 milhões declarados por Bolsonaro nas eleições de 2018, o valor ficou aquém do que esperavam o staff bolsonarista e o próprio Valdemar.

Na semana passada, a pedido do dono do PL, Bolsonaro gravou um vídeo pedindo doações para a campanha que foi distribuído nas redes bolsonaristas para tentar alavancar as receitas.

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