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Os voos de campanha de Bolsonaro que a FAB não cobrou

Em pelo menos quatro viagens, o Palácio do Planalto incluiu eventos oficiais e conseguiu evitar cobrança

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Foto colorida de Jair Bolsonaro em cima de trio elétrico em evento de 7 de setembro de 2022
1 de 1 Foto colorida de Jair Bolsonaro em cima de trio elétrico em evento de 7 de setembro de 2022 - Foto: Reprodução

Em cima de um caminhão de som, Bolsonaro transformou o desfile militar da Independência no Rio de Janeiro em comício. Rodeado de apoiadores com camisas amarelas, o presidente-candidato usou o 7 de setembro para pedir votos.

“Eu tenho certeza que vocês sabem o que nós devemos fazer para que o Brasil continue no caminho em que está”, bradou.

Mesmo em clima de comício, os custos da viagem ao Rio de Janeiro, feita em um avião da Força Aérea Brasileira, a FAB, não entraram na conta dos voos de campanha que serão cobrados do partido de Bolsonaro, o PL.

A excursão do 7 de setembro não foi a única a ficar de fora da lista de cobranças da FAB. Além dela, entre 16 de agosto e 16 de outubro houve outros três voos feitos para destinos onde o presidente fez campanha, mas cujos custos não terão de ser ressarcidos aos cofres públicos porque o Palácio do Planalto encaixou um evento oficial no roteiro.

Por ser o atual presidente, Bolsonaro tem direito a usar aviões da Força Aérea nas viagens que faz para cumprir compromissos de cunho eleitoral. As despesas com os deslocamentos, porém, precisam ser repostas aos cofres públicos pelo partido dele.

A lista dos voos cobrados pela FAB foi obtida pela coluna por meio da Lei de Acesso à Informação. A corporação relacionou 47 voos, pelos quais foram enviadas ao PL faturas que somam R$ 3,5 milhões (veja na animação abaixo quais foram as viagens).

Estão nessa conta os voos que Bolsonaro fez em aeronaves da FAB, mas há um porém: fiando-se em um dispositivo da legislação, a Força Aérera cobrou do partido do presidente apenas os voos feitos em viagens com agenda exclusivamente eleitoral. Aqueles em que houve também eventos que o governo tratou como oficiais ficaram de fora.

Assim como a viagem para o Rio no feriado de 7 de setembro, os deslocamentos de Bolsonaro para participar da Festa do Peão de Barretos, em São Paulo, em 26 de agosto, também não foram cobrados.

O evento foi incluído na agenda da Presidência como oficial, mas foi um típico ato eleitoral. Bolsonaro foi recebido na arena de rodeios com o jingle de sua campanha, fez discurso repetindo o principal slogan da candidatura e foi chamado pelo locutor oficial de “capitão do povo”.

Cinco dias depois, o presidente foi à cidade Foz do Iguaçu, no Paraná. A agenda oficial previa uma “visita técnica às obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai”. Depois, porém, ele participou de uma motociata com apoiadores. A viagem também não foi cobrada pela FAB.

A quarta viagem que ficou de fora das faturas enviadas pela Força Aérea para o PL foi para Resende, no interior do Rio de Janeiro. Bolsonaro esteve no município para participar de uma cerimônia da Academia das Agulhas Negras, a Aman. Antes, porém, foi até as margens da rodovia Presidente Dutra e passou uma hora acenando para apoiadores que realizavam uma motociata. Campanha. Mas, de novo, como havia uma agenda da Presidência no roteiro, o partido não terá que pagar pela viagem.

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