O que esperar de Lula e Bolsonaro no debate deste domingo
A campanhas estão preparadas para momentos de tensão, com ataques e xingamentos. Modelo do debate preocupa
atualizado
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Lula e Jair Bolsonaro se encaram sozinhos em um debate eleitoral pela primeira vez na noite deste domingo, na Band. De um lado e de outro, as campanhas se preparam para momentos tensos, com ataques pesados.
No QG petista, Lula foi treinado para responder a ofensas pessoais e até xingamentos de Bolsonaro. Mas o plano é que ele evite sair do prumo, como fez no debate da TV Globo, ao ser provocado por Padre Kelmon, do PTB.
Integrantes da campanha dizem que o ex-presidente estará pronto para responder a todas as críticas, mas tentará virar o jogo apontando para pontos negativos do atual governo — entre eles a queda na taxa de vacinação no país e a estratégia adotada no combate à pandemia — e focando em propostas.
Do lado de Bolsonaro, até a noite desta sexta-feira os sinais de como ele irá se comportar eram divergentes. A aposta de alguns auxiliares era a de que ele irá adotar a chamada linha “Carluxo”, uma referência a seu filho 02, Carlos Bolsonaro, sabidamente adepto de estratégias mais agressivas. Outros já diziam que ele buscará um meio termo, sem ser radical nem light demais.
Segundo pessoas do comitê, embora tenha recebido dicas de comunicação do coach Pablo Marçal e orientações do núcleo político da campanha sobre o que dizer, Bolsonaro teria se negado a passar pelo tradicional treinamento com a equipe de marketing da campanha. O argumento é o de que, sem ensaios, ele parece “mais genuíno e autêntico”.
Dos dois lados, há preocupação com o formato do debate, em que os candidatos poderão se movimentar livremente pelo palco, podendo chegar bem perto um do outro.