O plano do bolsonarista Magno Malta contra o STF
Senador eleito diz, entre outras coisas, que vai trabalhar pela abertura de uma CPI para investigar os ministros da Corte
atualizado
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De volta ao Senado a partir de fevereiro, depois de quatro anos fora, o bolsonarista Magno Malta sinaliza que será um franco opositor do Supremo Tribunal Federal e promete trabalhar por uma CPI para investigar a atuação de ministros da Corte.
“Não existem três Poderes. Existe um ativismo judicial que manda e desmanda com uma canetada, sem amparo qualquer na Constituição. Esse ativismo judicial tem que ser parado, e parado pelo Senado Federal”, disse ele à coluna.
Eleito pelo PL do Espírito Santo, Malta repete as teorias do presidente Jair Bolsonaro sobre o Judiciário, incluindo a alegação sem provas de que o sistema eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral não é confiável.
Para a senador eleito, existe fato determinado para abrir uma CPI para investigar o que ele chama de ativismo judicial dos ministros.
Malta diz que o foco não estará apenas em Alexandre de Moraes, que dez entre dez bolsonaristas tratam como inimigo. “Vai caber ao Senado e eu acho que fato determinado existe para que uma atitude seja tomada não só com um, mas com outros lá dentro”, diz.
Impeachment
Moraes tem sido alvo de ameaças de impeachment desde o ano passado. Em agosto de 2021, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD mineiro, rejeitou um pedido apresentado por Bolsonaro.
Os bolsonaristas acreditam que, com a bancada reforçada a partir de 2023, a ofensiva terá mais força, independentemente de Jair Bolsonaro ser reeleito ou não.
O atual vice-presidente da República, Hamilton Mourao, que se elegeu senador pelo Republicanos do Rio Grande do Sul, é outro dos que engrossam esse coro.