O papel do pai de Cid, general da reserva do Exército, no rolo das joias
Saiba o que levou o general Mauro Lourena Cid e o advogado Frederick Wassef a serem alvos de uma operação da Polícia Federal nesta sexta
atualizado
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As investigações sobre as tentativas do entorno de Jair Bolsonaro de fazer dinheiro com a venda de presentes recebidos de autoridades estrangeiras descobriram que o pai do tenente-coronel Mauro Cid, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, se encarregou de negociar os itens nos Estados Unidos, onde vivia.
O general, que foi colega de Jair Bolsonaro no curso de formação de oficiais do Exército, havia sido nomeado pelo então presidente da República como chefe do escritório de negócios da Apex em Miami. Pelo posto de comando na agência do governo que promove as exportações brasileiras, Lourena Cid recebia em dólares um salário equivalente a R$ 80 mil.
Os investigadores descobriram que, nos Estados Unidos, o pai de Mauro Cid, o notório tenente-coronel que foi ajudante de ordens e é até hoje um dos homens de confiança de Bolsonaro, buscou clientes para joias que o entorno presidencial tentava vender.
A missão de emergência de Wassef
Também alvo da operação deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal a partir de uma ordem expedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, Frederick Wassef, por sua vez, assumiu a missão de recomprar um Rolex de valor estimado em R$ 300 mil que já havia sido vendido, para que o relógio pudesse ser entregue ao Tribunal de Contas da União.
Como o presente já havia sido passado adiante, foi preciso fazer uma força-tarefa de emergência para recomprá-lo, de modo a possibilitar a entrega à Corte. Wassef foi aos Estados Unidos para “resgatar” o relógio.