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Facada em Bolsonaro: por que o caso travou na PF

Novo inquérito teve conclusão adiada após os investigadores avançarem sobre as conexões de um advogado de Adélio Bispo com o PCC

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Foto colorida do momento em que o presidente Bolsonaro, então candidato, é vítima de atentado à faca em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele está no meio de uma multidão e o cirminoso enfia uma faca em sua barriga - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do momento em que o presidente Bolsonaro, então candidato, é vítima de atentado à faca em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele está no meio de uma multidão e o cirminoso enfia uma faca em sua barriga - Metrópoles - Foto: Reprodução

A terceira e, ao que tudo indica, última investigação da Polícia Federal sobre a facada em Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018 já está praticamente pronta, mas entrou em modo de espera porque, ao escarafunchar os celulares apreendidos, os investigadores encontraram elementos que exigiam nova frente de apuração.

Fontes com acesso ao caso garantem que não é nada com potencial de mudar os rumos da história da facada.

Os tais novos elementos que acabaram por atrasar a entrega do relatório final do inquérito surgiram durante a análise dos registros encontrados nos telefones de um dos advogados de Adélio Bispo, que teria ligações com o Primeiro Comando da Capital, o PCC.

A coluna apurou que seriam evidências ligadas justamente a essas conexões do advogado com criminosos, mas sem relação direta com o atentado.

Como a cúpula da Polícia Federal havia dado ordens aos investigadores para esgotar todas as conexões possíveis dos envolvidos no caso com o PCC, para que não restem dúvidas que permitam a Bolsonaro seguir ligando a facada à facção, a conclusão do relatório foi suspensa até que esses novos elementos sejam finalmente esclarecidos.

Sem mandantes ou patrocinadores

Conforme a coluna informou em junho, o novo inquérito vai concluir, a exemplo dos anteriores, que Adélio agiu sozinho e que o atentado não teve mandantes ou patrocinadores.

Anteriormente, a PF já havia encerrado por duas vezes as investigações sobre a facada. A última foi em 2020. Mas a apuração foi reaberta no fim de 2021, após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, liberar o acesso aos telefones celulares de Adélio, cujo acesso estava proibido por força de uma liminar.

Ainda no período em que estava no governo, Jair Bolsonaro fez pressão por diversas vezes para que a PF investigasse mais a fundo suposta ligação da facção criminosa com a tentativa de assassinato. Sem evidências concretas, ele acreditava piamente nessa hipótese e forçava a mão para que a investigação fosse conduzida nessa direção.

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