metropoles.com

Empresa que apontou suposta fraude em rádios recebeu meio milhão da campanha de Bolsonaro

A Soundview foi mencionada por Fabio Wajngarten, conselheiro de Bolsonaro, como uma das responsáveis por auditar propaganda eleitoral

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Ministro das Comunicações, Fábio Faria acompanhando do Fabio Wajngarten durante coletiva sobre leições 2022
1 de 1 Ministro das Comunicações, Fábio Faria acompanhando do Fabio Wajngarten durante coletiva sobre leições 2022 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Uma das empresas apresentadas como responsáveis pela “auditoria” que teria detectado falhas na veiculação da propaganda de Jair Bolsonaro em emissoras de rádios, especialmente na região Nordeste, recebeu mais de meio milhão de reais da campanha do presidente-candidato.

A Soundview Tecnologia, mencionada pelo ex-secretário de Comunicação e conselheiro de Bolsonaro Fabio Wajngarten, recebeu precisamente R$ 501 mil do comitê bolsonarista no dia 26 de agosto, dez dias após o início oficial da corrida eleitoral.

O nome da Soundview não consta do relatório que os advogados de Bolsonaro apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral pedindo apuração da suposta fraude, mas foi mencionado por Wajngarten em seu Twitter. A empresa teria sido, segundo ele, uma das responsáveis pela auditoria.

“Para eliminar qualquer ilação ou comentário sem sentido; Uma das empresas que contratamos para auditoria de mídia, cuja sede fica em MG, prefixo (31)”, escreveu o ex-secretário, junto com uma imagem do site da Soundview.

A Soundview aparece nos registros do TSE recebendo pagamentos ainda das campanhas do governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema, e do candidato derrotado por ele, Alexandre Kalil. O senador Alexandre Silveira também a contratou.

Fábio Faria e Fabio Wajngarten chamaram uma entrevista às pressas na noite de segunda-feira na frente do Alvorada para um anúncio “grave”. Lá, diante dos jornalistas, disseram que milhares de inserções de rádio da campanha de Bolsonaro teriam deixado de ser veiculadas por emissoras de rádio.

Pouco antes, o assunto foi levado ao TSE. O ministro Alexandre de Moraes abriu prazo para que a campanha de Bolsonaro apresente documentos que comprovem a suposta fraude, sob pena de ser enquadrada por tentar tumultuar o processo eleitoral.

Ao processo foi anexado um documento de outra empresa, a Audiency Brasil Tecnologia Ltda, sediada em Santa Catarina, que teria mapeado a falha na veiculação dos spots de Bolsonaro.

A Audiency, por sua vez, não aparece entre os destinatários de recursos da campanha. Indagado, o comitê bolsonarista não respondeu quando nem como nem por qual valor a empresa foi contratada.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?