Criador e criatura, Damares e Magno Malta farão linha radical do bolsonarismo no Senado
Eleita em Brasília, ex-ministra trabalhou por anos com Malta antes de ascender em Brasília
atualizado
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Eleitos neste domingo, Damares Alves e Magno Malta estarão juntos novamente no Senado a partir do ano que vem para formar a linha de frente da ala mais radical e religiosa do bolsonarismo na casa.
A história dos dois — ela escolhida senadora pelo Distrito Federal e ele, pelo Espírito Santo — está entrelaçada e vem de longa data.
Antes de se projetar nacionalmente como personagem do estado-maior bolsonarista, Damares atuou oficialmente como assessora parlamentar no gabinete de Magno Malta entre 2015 e 2018, quando ele era era senador.
A relação entre os dois, porém, é ainda mais antiga. Desde 1999, quando Malta se elegeu deputado federal, Damares já prestava serviços a ele, de maneira extraoficial.
A parceria informal, por meio da produção de projetos de lei, prosseguiu quando ele se elegeu senador pela primeira vez, em 2003, até que foi nomeada formalmente em 2015 como assessora.
Foi justamente por seu papel como auxiliar de Magno Malta que Damares Malta se credenciou para, depois, virar ministra da Família e dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro.
Os dois são evangélicos fervorosos e defendem posições polêmicas, como a chamada “escola sem partido”. No novo Senado, a partir da posse, em fevereiro de 2023, estarão lado a lado como defensores da cartilha conservadora.
À coluna, nesta segunda-feira, Damares disse que tem uma ótima relação com o ex-chefe e futuro colega de Senado. A amizade prosseguiu mesmo depois que ela foi convidada a integrar o primeiro escalão de Bolsonaro e ele, desde sempre um bolsonarista de quatro costados, surpreendentemente ficou de fora.
“Liguei pra ele ontem. A gente riu muito. Falei: Magno, vamos escolher gabinetes um do lado do outro, e com uma portinha secreta”, afirmou.