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Contra festa do Flamengo, até o nome de Alexandre de Moraes entrou em campo

O TRE do Rio pressionou para que o clube não desse margem a tumultos no Rio no dia da eleição

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Buda Mendes/Getty Images
Flamengo v Athletico Paranaense – Copa CONMEBOL Libertadores: Final
1 de 1 Flamengo v Athletico Paranaense – Copa CONMEBOL Libertadores: Final - Foto: Buda Mendes/Getty Images

A diretoria do Flamengo não disse tudo o que gostaria nas notas públicas que divulgou para anunciar que não faria festa no desembarque do time no Rio no domingo, após a conquista do tricampeonato da Libertadores.
 
Em privado, em Guayaquil, o tom entre os dirigentes era queixoso com a ofensiva do Tribunal Regional Eleitoral fluminense para que a volta da delegação para casa não atrapalhasse o desenrolar do processo de votação na cidade.
 
O TRE queria que o grupo ficasse no Equador e deixasse para retornar ao Rio só nesta segunda-feira, para evitar o risco de aglomerações.

A notificação enviada pelo tribunal à diretoria do Flamengo listava até crimes eleitorais nos quais os representantes do clube poderiam ser enquadrados caso mantivessem o retorno para as primeiras horas de domingo e gerassem algum tipo de tumulto no dia do segundo turno.

Na já tensa atmosfera pré-jogo, os termos da notificação incomodaram, admitiu à coluna um importante dirigente rubro-negro. Parte da diretoria se sentiu sob ameaça.
 
A certa altura, nas conversas que tiveram com a cúpula rubro-negra, os representantes do Judiciário chegaram a dizer que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, estava pessoalmente preocupado com a situação – o que foi recebido como mais um elemento de pressão.

Fontes da Corte confirmam à coluna que, em uma reunião com presidentes de TREs, Moraes de fato manifestou preocupação e disse ser importante a iniciativa do presidente do tribunal do Rio, desembargador Elton Leme, de trabalhar para que não houvesse festa — no campeonato de 2019, a chegada do time reuniu uma multidão e parou a região central da cidade.

Os dirigentes do clube bateram o pé ao ouvirem a proposta de adiar o retorno. Argumentaram que a viagem de volta, em voo fretado, já estava organizada, e que famílias dos jogadores, com várias crianças pequenas, gostariam de voltar para casa na data prevista. Disseram ainda que o adiamento do retorno significaria retirar dos integrantes da delegação o direito de chegar a tempo de votar.
 
No fim, como se sabe, o Flamengo se comprometeu a chegar por uma área reservada do aeroporto do Galeão, sem dar margem para aglomerações. Em razão da sensibilidade do tema, a primeira das duas notas oficiais do clube sobre a pendenga, divulgada na véspera da final, teve que fazer ginástica com as palavras por duas razões: para não ampliar o estresse com o TRE nem tratar abertamente de uma possível festa da vitória antes mesmo de entrar em campo, o que não pegaria bem do ponto de vista desportivo.

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