Com candidato nanico, partido já torrou R$ 6 milhões em marketing
Maior parte dos gastos do União Brasil foi com marqueteiro que, antes, trabalhava para João Doria
atualizado
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Dono da maior fatia do fundo partidário após a fusão do PSL com DEM, o União Brasil já gastou R$ 6 milhões com propaganda neste ano. As principais peças exibidas na TV até agora destacam a imagem do deputado Luciano Bivar, o presidente nacional do partido que se lançou pré-candidato à Presidência da República.
Mesmo com todo o investimento em marketing, Bivar nem sequer pontuou na última pesquisa Datafolha, divulgada no fim de junho. Ficou atrás, inclusive, dos inexpressivos Pablo Marçal (PROS) e Vera Lúcia (PSTU), que aparecem com 1% das intenções de voto no levantamento.
Dos gastos com publicidade feitos pelo União Brasil, os maiores valores foram até agora para a empresa do marqueteiro Chico Mendez, com R$ 3,4 milhões. O publicitário iria cuidar da campanha presidencial do ex-governador paulista João Doria (PSDB) até o tucano abandonar a disputa.
A decisão de Luciano Bivar de insistir em uma candidatura própria do União Brasil dificultou ainda mais a articulação da chamada terceira via em busca de um nome único para disputar a eleição contra o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
Dinheiro para a aventura eleitoral de Bivar não falta. O partido já tem em caixa R$ 470,5 milhões de fundo partidário e ainda receberá mais R$ 782,5 milhões do fundo eleitoral, para financiar as campanhas a partir de agosto.
O União Brasil também investiu em inserções na TV para promover a imagem de Sergio Moro em São Paulo, estado pelo qual o ex-ministro planejava concorrer a uma cadeira no Senado. Em junho, após a Justiça barrar a transferência do seu domicílio eleitoral, o ex-juiz da Lava Jato decidiu disputar a eleição pelo Paraná, seu estado de origem.