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Campanha de Bolsonaro teve queda de braço até a reta final

Definição da agenda da véspera do primeiro turno ilustra os embates entre a ala política do QG e a turma mais radical ligada ao presidente

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, do lado de fora do veículo
1 de 1 candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, do lado de fora do veículo - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A campanha de Jair Bolsonaro à reeleição foi marcada por embates internos entre a ala política, capitaneada por caciques do Centrão, e a turma mais radical que cerca o presidente.

As divergências no quartel-general bolsonarista envolveram, por exemplo, a definição da agenda de compromissos e até as estratégias de propaganda.

Enquanto os radicais apostavam em um Bolsonaro inflamado — contra a imprensa e a cúpula do Judiciário, por exemplo –, o núcleo político buscava emplacar um figurino mais comedido na tentativa de conquistar votos fora da bolha bolsonarista e de recuperar eleitores arrependidos de 2018.

Bolsonaro, na maioria das vezes, deu a palavra final em favor do script proposto pelo time dos radicais, formado por militares ligados ao gabinete presidencial e por integrantes do chamado Gabinete do Ódio.

A queda de braço, evidente em vários momentos, se estendeu até a reta final da campanha. A definição da agenda deste sábado, véspera do primeiro turno, ilustra bem a disputa.

O núcleo político da campanha defendia que o presidente concentrasse seus esforços na região Sudeste, onde estão os maiores colégios eleitorais do país.

Essa era a posição não só de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, o partido de Bolsonaro, como também de outros caciques de siglas aliadas e do staff de marketing.

Pilhado pela outra ala, o presidente bateu o pé e fez questão de encerrar a campanha pré-primeiro turno com um compromisso em Santa Catarina, onde as pesquisas de intenção de voto apontam que ele já tem o apoio da maioria do eleitorado.

São Paulo até entrou no roteiro, mas só em uma parte do dia. Em conversas reservadas, não faltaram, dentro do comitê, adjetivos pouco elogiosos para definir a decisão do presidente.

A despeito das divergências, tanto os radicais quanto uma parte importante da ala política apostam que Bolsonaro conseguirá levar a disputa para o segundo turno.

Nas coxias, porém, esses mesmos aliados admitem que se a vantagem de Lula neste domingo for de dez pontos percentuais ou mais, como indicam as principais pesquisas, a chance de virar o jogo até o dia 30 será muito pequena.

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