Dado até semanas atrás como nome certo para vice de Jair Bolsonaro na corrida presidencial deste ano, o general Walter Braga Netto entregou os pontos e já diz, em privado, que a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina é uma opção melhor para compor a chapa.

Com a estagnação de Jair Bolsonaro nas pesquisas, Tereza Cristina voltou a ser cotada nos últimos dias para a posição de vice.

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Jair Bolsonaro e Tereza Cristina em evento no Palácio do Planalto. Ela foi nomeada para a pasta da Agricultura no início do governo e só se afastou para disputar a vaga ao Senado

Igo Estrela/Metrópoles

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Tereza Cristina, ex-chefe do Ministério da Agricultura, lançou sua candidatura para concorrer a uma vaga no Senado pelo estado do Mato Grosso do Sul

Divulgação/MAPA

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General Braga Netto

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Para os defensores da ideia, ela poderia ajudar a reverter a rejeição a Bolsonaro entre as mulheres. A ex-ministra é filiada ao Progressistas, antigo PP, partido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Em conversas reservadas com aliados, Braga Netto admite que a ex-ministra pode agregar mais do que ele à campanha de Bolsonaro.

O assunto foi discutido em um jantar ocorrido dias atrás, em Brasília, com a participação de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, ao qual o general também está filiado.

Segundo participantes do encontro, o general tem dito que não faz questão de compor a chapa. O que importa para ele, de acordo com esses relatos, é ajudar Bolsonaro a ganhar a eleição.

“Ele (Braga Netto) é o nome preferido do presidente, mas o foco é ganhar a eleição. E ela (Tereza Cristina) é leal a Bolsonaro e Valdemar a adora”, disse à coluna, sob reserva, uma pessoa que estava no .

Os participantes do jantar, realizado na residência do senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, fizeram uma espécie de check-list das vantagens que Tereza Cristina poderia representar para a chapa de Bolsonaro.

Além de ser mulher e poder ajudar a conter a rejeição ao presidente junto ao público feminino, eles realçaram o bom trânsito da ex-ministra no meio político e sua ligação estreita com o agronegócio, o que poderia, inclusive, facilitar a arrecadação de doações de empresários do setor para a campanha – algo que, para Valdemar, tem um valor mais do que especial.

Atualização – Mais cedo, publicamos que o próprio Braga Netto estava presente ao jantar. A afirmação se baseava no relato de um dos participantes. Braga Netto negou que tenha ido. Horas depois, a mesma fonte voltou atrás. A coluna mantém a informação sobre o que foi tratado no encontro.