Bolsonaro foi “passivo” ao saber da Abin paralela, disse Bebianno
Doze dias antes de morrer, ex-ministro admitiu que a ideia de Carlos Bolsonaro foi discutida dentro do Planalto
atualizado
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Menos de duas semanas antes de morrer, o ex-ministro Gustavo Bebianno admitiu que o plano de Carlos Bolsonaro de criar a tal “Abin paralela” foi levado ao conhecimento do então presidente da República, Jair Bolsonaro. Segundo Bebianno, Bolsonaro agiu “de forma passiva” ao ser informado da ideia do filho.
O ex-ministro, que era um dos homens mais próximos de Jair Bolsonaro desde a campanha eleitoral e havia sido enxotado do governo após uma série de divergências, inclusive com o próprio Carlos, fez a revelação durante uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, da qual participei.
Perguntei como Bolsonaro reagiu quando o plano da “Abin paralela” foi levado a ele. Bebianno respondeu o seguinte:”De forma passiva, assim, desviando… Não enfrentou assunto e a coisa foi sendo cozinhada”.
Assista aqui:
O ex-ministro contou que o plano de Carlos Bolsonaro foi discutido seriamente dentro do Palácio do Planalto por ministros do primeiro time de Jair Bolsonaro.
Bebianno disse ainda ter alertado Bolsonaro à época para o risco de a “Abin paralela”, que incluía a nomeação de um delegado e três agentes da Polícia Federal da confiança de Carlos, resultar em impeachment.