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Bolsonaristas acampados já aguardavam operação policial no QG

Com apitos, alguns dos militantes estavam organizados para alertar os demais sobre a chegada da polícia

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Acampamento bolsonarista no QG do Exército com movimentação de forças de seguranças. Elas recuaram no plano de retirar a estrutura - Metrópoles
1 de 1 Acampamento bolsonarista no QG do Exército com movimentação de forças de seguranças. Elas recuaram no plano de retirar a estrutura - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, já aguardavam por uma operação policial logo na manhã desta quinta-feira. Polícia Federal e Polícia Civil deflagraram uma ação conjunta para cumprir mandados de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra bolsonaristas radicais.

Desde as primeiras horas desta quinta, a coluna acompanhou a movimentação dos “patriotas” acampados em frente ao QG. Chamava atenção a quantidade de bolsonaristas alertas ainda de madrugada. Entre si, eles se preparavam para receber a visita da polícia.

“Estamos esperando eles virem, mas aqui não tem bandido” dizia um dos golpistas, ansioso, antes ainda de saírem as primeiras notícias sobre a operação. Os bolsonaristas se organizaram para proteger o perímetro do acampamento com homens portando apitos. O primeiro que avistasse a chegada dos policiais deveria disparar o alerta para os demais.

Por volta das 6h30, a tensão aumentou quando soldados do Exército se posicionaram em frente ao QG, com quatro viaturas e soldados munidos de escudos e capacetes. “Isso não é comum. Geralmente não tem tantos carros. Alguma coisa vai acontecer”, comentou uma senhora, apreensiva com a movimentação. “O Exército sempre protegeu a gente “, gritou outro militante.

Além da movimentação do Exército, outras forças de segurança já rondavam as imediações do QG. Soldados da Polícia Militar passavam em motos portando escopetas, um helicóptero sobrevoava a área e uma viatura do Detran chegou a interditar parcialmente a pista.

O momento de maior tensão se deu quando três carros adesivados com a logomarca do Governo do Distrito Federal passaram em uma via de acesso à parte de trás do acampamento. Os manifestantes gritavam por socorro e não demorou até uma aglomeração se formar. Na mesma via, os bolsonaristas tentaram depredar um veículo, alegando que o motorista seria um petista infiltrado.

Depois das 8 horas, as forças de segurança nos arredores do acampamento foram desmobilizadas e o clima na mobilização golpista voltou ao que os manifestantes entendem por normalidade.

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