As apostas da Corte sobre o futuro de Lewandowski sob Lula
O tema tem sido debatido intensamente nos bastidores de Brasília. Antecipação de aposentadoria, dizem colegas, voltou a ser considerada
atualizado
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Ministros de tribunais superiores ouvidos pela coluna dizem que voltou a ganhar força a possibilidade de Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, antecipar sua aposentadoria a partir da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para assumir uma embaixada do Brasil na Europa — Londres seria o destino desejado por ele, segundo essas fontes.
Outra hipótese, a de o ministro do STF assumir um ministério no governo Lula, não estaria ainda descartada, mas é vista como menos provável, segundo os mesmos magistrados, que são próximos de Lewandowski e estão a par do assunto. O tema tem movimentado os bastidores das Cortes superiores de Brasília.
Caso a opção seja mesmo por assumir uma embaixada, a preferência de Ricardo Lewandowski seria por Londres em razão de conexões pretéritas de familiares dele com a cidade.
Em condições normais, Lewandowski se aposentadoria em maio, quando completa 75 anos e tem, obrigatoriamente, que largar a toga. Antecipada em alguns meses, sua saída abriria uma vaga imediata para Lula preencher no STF, e o nome favorito para ocupá-la é o do advogado Cristiano Zanin, que defendeu o presidente eleito nos processos da Operação Lava Jato. Outros candidatos correm por fora, mas teriam menos chances que Zanin, ao menos neste momento.
A segunda vaga a surgir no novo governo será a da ministra Rosa Weber, atual presidente do Supremo, que se aposenta em outubro de 2023. Para a cadeira, dizem fontes envolvidas nas conversas, Lula estaria decidido a escolher uma mulher.