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“Apagão” em computadores do Planalto: o que o MP quer saber

No último dia 15 de novembro, Procuradoria pediu informações ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos

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Bandeira gigante do Brasil aparece tremulando na frente do Palácio do Planalto - Metrópoles
1 de 1 Bandeira gigante do Brasil aparece tremulando na frente do Palácio do Planalto - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após a coluna noticiar que o Planalto montou uma força-tarefa para formatar computadores em razão de um suposto malware que teria infectado máquinas do palácio, o Ministério Público Federal abriu um procedimento e pediu explicações à Presidência da República.

No último dia 15, a Procuradoria da República no Distrito Federal enviou ofício ao general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, no qual cobra esclarecimentos sobre 15 pontos. A coluna teve acesso ao expediente.

A Secretaria-Geral é responsável pela setor de informática do palácio presidencial.

A lista de perguntas é extensa e cobre tanto dúvidas de ordem técnica quanto questões relacionadas às providências adotadas pelo governo para apurar o caso.

O documento cobra detalhes do suposto malware encontrado nos computadores e indaga quais normas institucionais são aplicáveis em ameaças dessa natureza e como, exatamente, a rede interna do palácio foi infectada.

O MPF ainda pergunta se havia backup dos arquivos mantidos nos computadores e “se foi realizada investigação específica sobre eventual ocorrência de vazamento de dados e informações e sobre o comprometimento de sistemas hospedados na rede da Presidência da República”.

O ofício pede que, na resposta, sejam discriminadas as medidas adotadas pelo setor de tecnologia do Planalto.

Além disso, bem na linha de um questionamento feito pela coluna logo após a revelação do caso, a Procuradoria quer saber se a Presidência pediu a abertura de uma investigação policial sobre o episódio.

(Solicitamos) que informe se foi encaminhada comunicação do ocorrido às autoridades competentes para a sua apuração na esfera criminal. Em caso afirmativo, remeter ao MPF cópia do respectivo documento de comunicação e, em caso negativo, justificar as razões da não comunicação”, diz trecho do documento enviado ao ministro Ramos.

Deflagrada logo após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, a operação da área de informática do Planalto para “formatar” computadores que teriam sido infectados pelo malware levantou a suspeita, inclusive entre servidores do palácio, de que estaria em curso uma tentativa de apagar informações sensíveis armazenadas nas máquinas.

A investigação do MPF não tem prazo para ser concluída.

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