A conta de Landim para o plano mais ambicioso da história do Flamengo
Presidente rubro-negro visitou o Metrópoles nesta terça-feira. Brasília deverá receber jogo do clube ainda neste ano
atualizado
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A cúpula do Flamengo está otimista com a possibilidade de conseguir ainda durante o governo Lula um desfecho positivo para a novela da negociação, com a Caixa Econômica Federal, do terreno no centro do Rio onde pretende construir um estádio próprio para o clube.
As conversas esfriaram de janeiro para cá, mas gente ligada ao próprio governo tem sinalizado que a esperada troca de comando na Caixa deverá ajudar a acelerar o processo — como se sabe, a presidência e outros postos importantes do banco estão em negociação com o Centrão.
A área do Gasômetro, na região portuária do Rio, é a favorita da diretoria rubro-negra para o projeto, especialmente pelas facilidades logísticas que oferece — está ao lado da principal rodoviária do Rio, bem próxima do aeroporto Santos Dumont e é servida por linhas de trem e metrô, o que facilitaria enormemente o fluxo de torcedores.
O terreno pertence a um fundo controlado pela Caixa, que o comprou com recursos do FGTS. Para fechar com o Flamengo, o banco estatal precisa do aval de uma consultoria privada, a Vinci Partners, contratada para fazer um estudo sobre a viabilidade do negócio. O fator político, porém, deverá ser preponderante.
Além do acerto com o banco, o projeto dependerá ainda de tratativas com a prefeitura do Rio e o governo do Estado — por exemplo, para a expedição das licenças necessárias.
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, estima que o processo burocrático demore ainda cerca de três anos. Se tudo der certo, as obras levariam pelo menos mais dois anos, ele prevê. Pelas contas do dirigente rubro-negro, portanto, com muito otimismo o estádio poderá estar pronto em cinco anos.
Executivo do mercado financeiro cuidará do projeto
Na tentativa fazer as coisas andarem mais rapidamente, o Flamengo acertou recentemente a nomeação de um executivo que ficará incumbido de cuidar especificamente do projeto do estádio.
O nome desse executivo, cuja missão envolverá desde a negociação com a Caixa até a solução dos entraves seguintes, incluindo a arquitetura financeira necessária para erguer o estádio, vem sendo mantido em absoluto segredo. Mesmo na diretoria do Flamengo, poucos sabem quem é ele.
A escolha foi do próprio Landim. A coluna apurou que se trata de um profissional do mercado financeiro, carioca da gema, torcedor fanático do clube e bastante próximo ao presidente do Flamengo. Ele trabalhará pro bono, ou seja, não será remunerado pelo serviço.
Visita ao Metrópoles
Rodolfo Landim visitou nesta terça-feira a redação do Metrópoles, onde tratou da possibilidade de trazer jogos do Flamengo para Brasília ainda neste ano, em parceria com o site.
Do ano passado para cá, o Grupo Metrópoles já promoveu nove partidas de futebol com grandes clubes brasileiros, incluindo a final da Supercopa do Brasil, em janeiro, entre Flamengo e Palmeiras.