Zona proibida? Veja um guia de prazer anal para homens heterossexuais
Independentemente de gênero ou orientação sexual, o prazer anal é para todos. Confira como introduzir o assunto com homens heterossexuais
atualizado
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O prazer anal é um direito de todos. Apesar disso, a grande maioria dos homens heterossexuais enxergam o ânus como uma espécie de “zona proibida”, que poderia desbloquear uma possível homossexualidade. Contudo, já se sabe que essa crença, além de preconceituosa, em nada se assemelha à verdade.
Para além do fato de não existir problema algum em uma possível homo ou bissexualidade, o fato é que homens heterossexuais podem explorar o prazer anal com qualquer outra pessoa, sozinho ou mesmo com uma mulher — o que não muda em nada sua orientação sexual.
“Por causa da eterna necessidade de autoafirmação masculina, a prática fica sendo, pelas mulheres que propiciam e pelos homens que a recebem, associada à homossexualidade. Mas não tem a ver com orientação sexual. Muitas mulheres são adeptas do sexo anal pelo prazer que sentem. A mesma sensação pode ser vivenciada pelos homens”, conta a sexóloga e psicoterapeuta Poema Ribeiro.
Mas fica a dúvida: se a mulher sabe o quanto isso poderia ser prazeroso para o parceiro, como seria possível introduzir o assunto, não para convencê-lo de algo, mas para mudar sua visão e fazer com que ele passe a se permitir mais?
Conversas sobre o potencial de prazer da estimulação da próstata são válidas e podem abrir portas no que diz respeito à aceitação da ideia, mas é importante não forçar o insistir, afinal, a decisão é do homem.
“O mais importante nesse processo é o autoconhecimento. Cabe a ele relaxar e se permitir. Além do mais, o estímulo anal pode ocorrer de várias formas, inclusive pela masturbação. O que tornaria o ato bem mais íntimo”, elucida a sexóloga Luísa Miranda.
E se você já descobriu que ele gosta, deixe de lado qualquer julgamento ou preconceito, pois esses são os grandes obstáculos para vocês curtirem cada pedacinho do corpo um do outro. “A mulher, nesse caso, deve agir com naturalidade, aproveitando as oportunidades para falar sobre o assunto”, completa a especialista.
Sinal verde. E agora?
Se o parceiro deu o sinal verde, é hora de preparar o terreno para que a experiência se torne o mais prazerosa possível. Para isso, alguns cuidados são necessários.
Segundo Poema, para não acontecer pequenos ferimentos e dor, o ideal é que a unha de quem introduz o dedo esteja bem aparada e sem nenhuma ponta saliente. Tanto para não machucar como por uma questão de higiene.
O uso do lubrificante também é muito importante, uma vez que a região não possui lubrificação natural. Use os à base de água. E mais: “É aconselhável usar camisinha para os dedos, já que há muitas bactérias no ânus”, explica.
Além disso, é preciso ter delicadeza ao inserir o dedo no ânus, pois o esfíncter tende a contrair. “Não deve ser feito o movimento de vai e vem, isso machuca pelo atrito”, conta Luísa. Segundo ela, o ideal é explorar, delicadamente e de forma circular, apertando e soltando toda a parte interna.
“É o parceiro quem determina o ritmo que lhe traz mais prazer. Costuma agradar inserir o dedo em forma de gancho. Com o dedo indicador voltado para cima, faça o movimento de ‘vem cá’ suavemente”, indica.
Como esta é uma prática em que, quanto mais relaxada a região anal, melhor, é bom ir experimentando para ver como se sentir mais confortável durante a penetração. “Uma posição favorável é o homem deitado, de barriga para cima. Enquanto o par faz sexo oral, estimula o ânus simultaneamente”, finaliza a psicoterapeuta.