Você gosta de lamber umbigo? Desvende o fetiche inusitado
Umbigofilia é o nome que se dá à vontade de explorar sexualmente a região. À coluna, terapeuta sexual discorre sobre o fetiche
atualizado
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O mundo do fetiche é, além de enorme, muito subjetivo. Ou seja, algo que pode não despertar nada em uma pessoa é capaz de ser extremamente excitante para outra. Um exemplo é o umbigo. Umbigofilia é o nome que se dá ao desejo sexual direcionado ao umbigo, o que inclui a vontade de beijar e lamber a região.
A umbigofilia é, sim, um fetiche saudável. Apesar disso, ao buscar o termo na internet, não é incomum encontrar adjetivos como “estranho” para designá-lo. De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, um preconceito em torno dos fetiches vem sendo construído ao longo de muitos anos, desde que se criou uma “norma” para o sexo.
“Há muitos anos, regras sobre o que é certo ou errado no comportamento sexual começaram a ser criadas. Com isso, pessoas que saem daquele padrão de ‘normalidade’ passam a ser consideradas não saudáveis, aberrações, pessoas que precisam de tratamento”, explica.
Mas o psicólogo reforça que todo e qualquer comportamento sexual que tenha consentimento, não faça mal a ninguém e não coloque o bem-estar de nenhum dos envolvidos em risco é um comportamento normal e saudável. “São simplesmente pessoas que aproveitam seu prazer de uma forma que sai do convencional”, afirma.
Consentimento sempre
Um ponto importante é o consentimento, que é obrigatório vindo de todas as partes. De acordo com o depoimento anônimo de uma leitora do The Sun, a insistência do parceiro começou a abalar seu relacionamento e sua vida sexual.
“Estamos juntos há oito meses. Sempre fizemos sexo baunilha, até que uma noite, durante as preliminares, ele colocou a língua no meu umbigo. Tentei afastar sua cabeça, então ele perguntou se poderia se esfregar no meu umbigo. Fiquei horrorizada e disse que não”, diz.
A depoente ainda conta que, por conta de um piercing que teve na região durante um tempo, o namorado a questiona por que ela tem tanta agonia no sexo se foi capaz de perfurar o umbigo, e ainda afirma que “outras namoradas não se importavam”. “Acho que o próprio piercing pode ter me deixado sensível com meu umbigo – não toco nele, não quero que seja tocado, só de pensar me dá arrepios”, garante.
Independente de esse ser ou não um fetiche “inofensivo”, o fato é que, se ele traz algum incômodo, não é certo insistir. “Ninguém deve se sentir pressionado a fazer algo sexual. Se tocar em você nessa área faz você se sentir desconfortável, é um erro”, alerta Dear Deidre, colunista do tabloide britânico.