Vibrador vicia? Especialista esclarece dúvidas sobre sex toys
Número de venda de vibradores dobrou em 2020, mas será que o uso do brinquedinho gera só benefícios? Confira o que dizem especialistas
atualizado
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Bullet, sugador de clitóris, vibradores das mais diversas intensidades, cores, tamanhos e texturas. Atualmente, muitas são as opções no mercado erótico para as mulheres se satisfazerem. Os brinquedos sexuais têm ocupado mais espaço, principalmente no armário feminino, e no mercado. Tanto na vida das solteiras como na das casadas. Mas será que o item que proporciona tanto prazer pode causar vício?
Um levantamento do portal Mercado Erótico revelou um aumento de 50% na venda de vibradores no período de isolamento social. Mulheres casadas na faixa de 25 a 35 anos foram as que mais procuraram o item para obtenção de prazer. Mais de 1 milhão de vibradores e consolos foram comercializados apenas no ano passado, durante a pandemia no Brasil.
De um lado muitas mulheres usam e abusam de maneira saudável dos sex toys, mas há ainda, algumas que nunca experimentaram e uma parcela que tem receio de se viciar nesse tipo de prazer.
A fisioterapeuta pélvica da plataforma Sexo sem Dúvida, Daiane Becker, esclarece que tudo que é demais pode viciar: “Até mesmo seu dedo em excesso pode causar “vício”. Acredito que quando bem utilizado, o vibrador é um forte aliado na busca do nosso auto prazer”, explica. E então a orientação é variar os estímulos.
Não se reprima
Mas nada disso é motivo para parar de usar, ou não experimentar. Algumas mulheres temem conhecer o sugador clitoriano, muito falado atualmente, exatamente por medo de “viciar” nessa sensação e não conseguir ter prazer com o parceiro. A dica da especialista para evitar que isso aconteça, é não se prender aos mesmos estímulos: “Se estiver com outra pessoa, vale fazer uso de vibradores diferentes, apostar em estímulos como a língua, os dedos, posições, para que não fiquem restritos apenas ao vibrador”, orienta Daiane.
Para usar só
A sexóloga Thais Plaza lembra que as opções só aumentam e há muita tecnologia à serviço do orgasmo: “São vários tamanhos, diferentes funções, intensidades de vibração, cores, texturas à disposição das mulheres”, relata. Para quem nunca usou, o importante é não ter receio, e o conselho é começar aos poucos: “Eu indicaria iniciar com os bullets, que são vibradores menores. É como em um jogo de videogame que você vai passando de fase, mas vale lembrar que é muito pessoal”, compara.
Para usar acompanhada
Quando se trata de inserir o brinquedinho sexual com o par, pode rolar uma insegurança de alguma das partes. O conselho da fisioterapeuta pélvica é usar o toy como aliado: “São inúmeros jeitos e formas de utilizá-lo. Desde uma estimulação no pescoço até a região dos mamilos e clitóris. Na masturbação é uma ótima forma de potenciar e favorecer ao orgasmo! E ainda na penetração, pode ser utilizado na região clitoriana e aumentar as chances de um orgasmo vaginal”, orienta.
E por fim, vale lembrar que o vibrador nunca substitui o toque, o beijo, a pele e as sensações provocadas por uma pessoa. Você pode utilizar o acessório para se descobrir, atingir o orgasmo sozinha ou com o par. Experimente juntar o útil ao agradável e intensifique seus prazeres.