Vaginismo: quando a vagina diz “não” ao sexo, o que fazer?
Distúrbio acomete cerca de 6% da população feminina e tem, entre as possíveis causas, um cunho emocional
atualizado
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Muita gente acredita que, para fazer sexo, basta confiança no parceiro e o mínimo de disposição. Para cerca de 6% das mulheres no mundo, entretanto, a fórmula não é tão exata assim. Acometidas com um quadro batizado de vaginismo, há pessoas que não conseguem transar porque a musculatura vaginal simplesmente se contrai, fazendo do momento, que deveria ser prazeroso, uma verdadeira tortura.
O assunto é um eterno tabu. Para quem enxerga de fora, pode parecer “frescura” ou falta de vontade de se relacionar sexualmente. Entretanto, é uma situação séria e que pode esconder medos e traumas, como abusos sexuais. “As pessoas se culpam muito. Acham que não lubrificaram o suficiente. Mas é algo comum”, diz a ginecologista Bruna Pitaluga.
Geralmente, a paciente chega com a queixa no consultório de dor na relação sexual e desconforto com a penetração. Durante exame ginecológico e o toque vaginal, é constatado se há o distúrbio.
“Existem alguns medicamentos que tratam, mas só são recomendados em último caso, devido aos efeitos colaterais”, afirma a médica.
Histórico familiar
A vivência familiar da mulher também pode ser um fator que desencadeia o vaginismo. Meninas com contexto de repressão à educação sexual costumam apresentar o quadro, que tem cura.
“Geralmente, há toda uma história anterior de relação emocional com a vagina. Quando falamos os tratamentos, que são bem abrangentes, há quem se sinta retraída”, pontua.
O apoio do companheiro é fundamental. “Para descobrir, a mulher precisa ter tido relação, e para isso, ter tido um parceiro. Ela vai constatar que teve a dor, e fica na dúvida se é o distúrbio ou se o cara é que não foi bacana. Ele precisa entender e ser solidário”, complementa. É interessante, nesse sentido, que haja um bom diálogo dentro e fora dos lençóis.
Maneiras de tratar o vaginismo:
- Terapia
- Exercícios de relaxamento da musculatura
- Técnicas de dilatação vaginal
- Osteopatia
- Fisioterapia pélvica
- Acupuntura