Um bom sexo necessariamente tem que acabar em orgasmo? Descubra
A ciência tem outros parâmetros, para além do orgasmo, que definem o que é um sexo satisfatório; descubra quais são
atualizado
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Experienciar uma boa vida sexual significa ter um orgasmo em todas as transas? Nem sempre. Obviamente, chegar a um orgasmo é maravilhoso mas, às vezes, não acontece — e tudo bem. Por isso, entender a “ditadura” do orgasmo pode tornar as relações mais tranquilas e com menos pressão.
De acordo com a psicóloga e sexóloga Bruna Coelho, ainda que o orgasmo seja o ápice, caso ele não aconteça, não significa que o restante não foi gostoso o suficiente. “A definição acerca do que seria um sexo bom ou um sexo ruim é muito particular”, comenta.
A especialista salienta que muitos indivíduos aplicam a lógica de performance e da eficácia no sexo. “Essa premissa mais atrapalha do que ajuda, pois presumem o que é sexo bom a partir de referências de pornografia, haja vista a pobreza de conhecimento sobre educação sexual positiva”, defende.
Como ainda existe desconhecimento sobre as diferenças da resposta sexual masculina e feminina, há pessoas que têm uma vida sexual normal se achando disfuncional, apenas pelo fato de que não chega ao clímax quando faz sexo com a parceria.
“O sexo deve levar em consideração a satisfação, a intimidade, a experiência de troca no casal e como se comunicam a respeito. O toque físico e o carinho que ocorrem durante o sexo podem ser muito satisfatórios para o casal.”
Se o orgasmo não mede um sexo de qualidade, qual o parâmetro?
Ainda que o orgasmo seja o ponto mais alto do prazer sexual, o prazer sentido desde o primeiro momento deve ser valorizado, e não só visto como um “caminho” até o clímax.
Segundo Bruna, para a ciência, do ponto de vista de função, é avaliado se o indivíduo alcança todas as fases da resposta sexual, que compreende: desejo (pensamentos), excitação (reações fisiológicas e físicas diante de algum estímulo erótico) e orgasmo (o ápice da excitação que gera uma tensão sexual seguida de um relaxamento e sensação de bem-estar).
“Para que todas as fases sejam alcançadas, é importante que o casal se comunique bem, desenvolva a técnica que melhor agrade à parceria e, sobretudo, se deleite com a experiência sem cobranças, apenas com foco no prazer”, sinaliza a especialista.