Muita gente acha que o sexo começa já na cama, com a pegação física. Contudo, por mais que até possa acontecer, é inegável que quando a transa tem potencial de ser muito mais gostosa, a tensão sexual é construída bem antes de chegar ao quarto.

A prática está englobada no famoso “preliminar é tirar o gato do quarto”, que sugere que oral e masturbação, por exemplo,  já se tratam de sexo. Logo, falar aquela “sacanagenzinha” para o crush durante o dia, enquanto estão distantes, pode ser uma boa ideia de preliminar para deixar o encontro ainda mais quente.

“Vai deixar os parceiros se desejando com muito mais intensidade antes mesmo de estarem na frente um do outro. A preliminar deixa o corpo preparado para o sexo”, explica a terapeuta sexual Tâmara Dias.

Mas o que falar?

O que excita e cria tensão sexual vai variar de pessoa para pessoa, logo, o mais indicado é sempre saber o que sua parceria vai se sentir mais à vontade de receber. Até porque, a sexóloga lembra que dizer algo errado nesse momento pode surgir o efeito contrário e acabar com uma transa.

Dentre as possíveis variações, o céu é o limite e as preferências vão das falas mais românticas até aos palavrões e algo mais agressivo. É o caso de Miguel*, 27 anos, que gosta de jogos de submissão e dominação na cama. “Gosto de ouvir o parceiro pedir pra ser dominado, e com detalhes de como ele quer na hora H”, afirma.

Mesmo para quem não curte um fetiche específico, é possível construir a ansiedade ao, simplesmente, adiantar para a parceria o que vai fazer com ela, ou mesmo dizer o que espera que ela faça com você. Essa opção é mais segura para transas casuais, por exemplo, em que não se tem tanta intimidade ou conhecimentos prévios sobre o outro.

“Em vez de chamar a parceira de ‘safada’, por exemplo, pode-se elogiar o corpo dela, dizer o que gostaria que ela fizesse. O mesmo funciona para os homens”, elucida o psicólogo André Almeida.

Não é sexual, mas dá tesão

É importante lembrar que o desejo sexual é algo multifatorial, ou seja, é influenciado por fatores psicológicos, fisiológicos e também sociais. Logo, é comum que coisas não sexuais interfiram diretamente para aumentar ou diminuir o tesão das pessoas, principalmente quando se está dentro de um relacionamento.

Para Luciano*, 27 anos, que é casado, frases como “deixa que eu lavo a próxima louça” são mais afrodisíacas do que muitos comentários sexuais e explícitos. “Uma vez cheguei de viagem e a casa estava toda limpa… Fiquei doido”, lembra.