Técnica africana milenar ensina os caminhos da ejaculação feminina
O prazer das mulheres é tratado como algo divino em Ruanda. Reza a lenda que o gozo delas mantém rios e lagos bem alimentados
atualizado
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Não, a ejaculação não é mais um dos privilégios masculinos. E não, o prazer feminino nunca deve estar em segundo lugar, relegado ao posto de eterno tabu. Nesse sentido, as mulheres e homens de Ruanda têm muito a ensinar.
O documentário “Sacred Water” (Água Sagrada), de Olivier Jourdain, lançado em 2016, mostra a relação dos ruandeses com o gozo feminino — e não é qualquer orgasmo mixuruca, que fique claro.
Quando “água jorra” da vagina de uma mulher, isso é considerado um presente de Deus. Segundo a lenda, esse líquido mantém a abundância dos lagos e rios de Ruanda.Para muito além das crenças populares, o assunto é levado a sério. Há, inclusive, uma “professora de sexo”, que explica para os jovens questões sobre o clítoris, por exemplo.
“Se ao fazer amor o homem não faz brotar água dela, ele se sentirá frustrado e ela ofendida”, diz uma das entrevistadas. “A vagina deve vibrar”, explica um homem.
É uma enxurrada que surge quando temos coragem de abrir a porta
diz um personagem do documentário
Mas como atingir tal proeza? A Kunyaza é uma das técnicas usadas nas relações sexuais entre homens e mulheres. Os homens de Ruanda sabem como explorar mais áreas do órgão genital da mulher, com o pênis e com os dedos. O segredo está nos movimentos. O documentário completo pode ser visto aqui, mediante assinatura.
Outro documentário “Sexo ao redor do mundo” tem um episódio sobre Ruanda. Além de explicar a Kunyaza, ele também apresenta a Gukuna, um alongamento dos pequenos lábios que daria, supostamente, mais prazer às mulheres.
Isso estimularia, segundo o médico entrevistado no documentário, um tipo de ejaculação feminina jamais visto em outras culturas. A ela dão o nome de Kunyara. O filme a diferencia do que os americanos chamam de “squirting”, que seria uma esguichada de textura parecida com a da urina.
“É uma substância pastosa, encorpada, bem parecida com a ejaculação masculina. Um fenômeno que ele não observou em nenhum outro lugar”, afirma o médico.
O documentário está na íntegra no Youtube. Há uma opção de legenda — capenga, é verdade — traduzida automaticamente para português (basta clicar em “configurações”).
Nesse espaço, a gente valoriza o prazer feminino. Vivemos, por exemplo, uma experiência que envolve “orgasmos oceânicos”, o sexo tântrico, e contamos tudo para você. Acesse aqui para ajudar a acabar com o racionamento de prazer.