“Tá vestindo o quê?”: dicas de sexo virtual para a quarentena
Sexting, webcam, conversas safadas e brinquedos controlados a distância são soluções para quem não pode transar ao vivo
atualizado
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Durante a live de cinco horas que fez no YouTube, Gusttavo Lima disse: “Chupa, solteiros. Agora, só quem está transando são os casados”. E, de fato, o tesão acumulado tem sido um dos principais problemas de quem não mora na mesma casa que o (a) parceiro (a) e não está passando a quarentena sob o mesmo teto.
A dificuldade se estende também a quem não tem parceria fixa e depende de relações casuais para fazer sexo. Ainda que a masturbação seja grande aliada e alivie um pouco, a interação com outra pessoa pode fazer falta.
Neste aspecto, a tecnologia pode ajudar. Para quem nunca passou pela experiência de fazer sexo virtual, este pode ser o momento ideal de tentar. A Pouca Vergonha conversou com a terapeuta sexual Amanda Nunes e entrega algumas dicas de como tornar uma transa a distância inesquecível:
O convite
O primeiro passo a ser dado é fazer a proposta, o que pode ser complicado para quem nunca transou virtualmente. “Muita gente tem receio do que o parceiro pode pensar. É impossível prever isso, mas o mais importante é a transparência quanto ao seus desejos e vontades”, explica.
De acordo com a especialista, uma boa estratégia é ir preparando o terreno para então fazer a proposta. “Aproveitem o isolamento e conversem sobre fantasias e fetiches um do outro, estimule-as e, nesta hora, faça o convite. ‘Já pensou em sexo virtual?’”, recomenda.
Luz, câmera, ação
Um dos métodos mais conhecidos e usados para transas virtuais é a boa e velha webcam. Afinal, fica muito mais fácil brincar com a imaginação com um estímulo visual do (a) parceiro (a).
O segredo é, mesmo com a distância, caprichar na produção e criar um clima propício, como se fosse um encontro físico. “Organizem o cenário e a iluminação para ficar mais à vontade e se arrumem para a ocasião”, indica Amanda.
Para começar, o casal pode falar coisas calientes um para o outro. “O sexo virtual também precisa de preliminares. Estimulem um ao outro, usem as mãos para se tocar, curtam a experiência”, diz.
Sexting
Caso não haja a possibilidade de usar a câmera, seja por não estar sozinho em casa ou por timidez que pode envolver a primeira experiência, o sexting, que é a troca de mensagens sexuais, pode ser uma opção. A proposta é a mesma, apenas sem imagens.
“Você pode apenas falar e explicar as diversas reações que está sentindo, ou o que gostaria de fazer com a pessoa, como ‘quero te beijar ali’, ou ‘quero te tocar assim’”, exemplifica a sexóloga.
Usem brinquedos
Os sex toys são unanimidade para apimentar comportamentos sexuais, seja na masturbação ou entre casais. No sexo virtual não é diferente. Para facilitar ainda mais, existem brinquedos que podem ser usados simultaneamente por pessoas que estão em lugares diferentes.
Há no mercado vibradores que são sincronizados com aplicativos de computador ou smartphone e enviam links externos por WhatsApp ou e-mail para que outra pessoa, onde quer que esteja, controle o dispositivo. “Não existe barreira quando se tem vontade”, garante Amanda.
Funciona da seguinte forma: de um lado, a pessoa introduz o brinquedo e manda o link de acesso para o (a) parceiro (a) controlá-lo. São diversas funções de vibração e interação – basta deixar a imaginação rolar. Para quem quer investir em um sex toy neste período de isolamento, Amanda – que também é proprietária de um sex shop – recomenda dois modelos:
É só um “lance”?
Aos solteiros de plantão, uma boa notícia: o sexo virtual não vale só para casais em relacionamentos e com mais intimidade. Se bateu saudade daquele contatinho de antes da quarentena, o sexo a distância também é válido para encontros casuais.
Contudo, por se tratar de uma grande exposição, é preciso estar atento ao risco de vazamento de imagens. Ainda que não seja um relacionamento sério, é preciso ter o mínimo de confiança.
Ainda assim, algumas medidas de segurança podem ser tomadas, como não mostrar o rosto ou características muito particulares que possam servir para identificação, ou mesmo lançar mão do sexting e preservar a imagem.