Só um teatrinho? Veja por que você jamais deveria fingir orgasmo
Na hora da transa, pode parecer “fácil” fingir o orgasmo. As consequências, porém, indicam uma relação sem diálogo e até enganosa
atualizado
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Chegar ao orgasmo durante uma relação sexual é sempre bom, mas é difícil encontrar uma mulher que nunca tenha fingido ter chegado ao auge do prazer na cama. Afinal, há quem pense: que mal tem um teatro tão inocente?
Uma pesquisa realizada pela Superdrug, no Reino Unido, apontou que 67% das mulheres cis heterossexuais fingiram um orgasmo.
O problema é que essa atitude tem consequências ruins não apenas para quem mente, como para o relacionamento como um todo.
“Fingir orgasmos pode parecer ser uma solução fácil, no entanto, é mais nociva do que se imagina”, defende a psicóloga e terapeuta sexual Paula Fernanda. “Quem finge, acaba ficando ressentida. Se essa dificuldade em chegar ao clímax se torna constante, irá acumular esses ressentimentos e frustração, o que irá minar a relação”, prossegue a especialista.
A profissional acrescenta que é importante entender as razões pelas quais as pessoas fingem o orgasmo, que podem variar desde proteger o ego do/a parceiro ou para terminar logo o “rala e rola” pois está cansada; por estar entediada; ou, ainda, o medo de julgamentos.
Mudando o jogo
Cada vez que finge o orgasmo, a mulher dá a entender ao par que está gostando de tudo o que ele está fazendo, mas, na verdade, nenhum dos dois pode, de fato, estar curtindo o sexo. Para mudar o jogo e reverter a situação, Paula comenta que é necessário um conjunto de ações.
“Primeiramente, olhar de frente para a questão da dificuldade em chegar ao orgasmo e entender se a questão está em você ou na relação”, recomenda. “Geralmente, as mulheres precisam que elas e a relação estejam bem para desfrutarem do sexo, enquanto que os homens têm o sexo como uma forma de se estabilizarem, inclusive emocionalmente.”
Vale ressaltar que o importante é não se descabelar por essa situação e buscar ajuda de profissionais, “pois o que é um problema hoje, pode se transformar em um valioso portal para tornar o sexo extraordinário”, indica Paula.
Converse com a parceria!
Apesar de dar certo receio de contar sobre “problemas” na cama, a chave é uma boa conversa, que ocorra de forma clara e sem rodeios — e com gentileza, afinal, não é culpa de ninguém. “O melhor é fora da cama, em um momento informal que estejam a sós, como caminhar no parque”, exemplifica a profissional. “Poucos têm a clareza de que prazer sexual é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida”, encerra.