Só quer mamar sem camisinha? Saiba os riscos do sexo oral sem proteção
Ginecologista e sexóloga falam sobre importância de usar camisinha no sexo oral para evitar infecções sexualmente transmissíveis
atualizado
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Muito se fala sobre o uso de camisinha para o sexo seguro. Contudo, a maioria das pessoas só inclui o preservativo em transas que incluem penetração vaginal ou anal. Logo, fica a pergunta: e no sexo oral, você tem usado preservativo?
Ainda que uma ou outra pessoa carregue esse hábito, a maioria esmagadora dos cidadãos ativos sexualmente saem “mamando” pessoas aleatórias sem tomar os devidos cuidados.
Os motivos para não usar são vários. Vão de achar que ela deixa um gosto ruim na boca até o fato de muita gente mal saber que é possível, sim, contrair infecções sexualmente transmissíveis por meio de um “inocente” boquete.
“A transmissão via oral de vírus e bactérias se dá da mesma forma que na vaginal e na anal. As chances aumentam ainda mais caso a secreção seja engolida ou tenha alguma fissura ou machucado na boca ou nos dentes da pessoa”, explica a ginecologista associada à AMCR Ana Maria Crosera.
Desta forma, a prevenção com esse contraceptivo deve ser feita não só no sexo oral masculino, como também no feminino. Na visão da sexóloga e empresária Bárbara Bastos, outro motivo para o preservativo ser colocado de lado é a angulação da educação sexual do Brasil.
“Hoje, temos uma educação sexual com um foco muito maior para o uso da camisinha na penetração, e com objetivo de evitar gravidez indesejada. Precisamos de mais atenção para os cuidados e prevenção no ato oral”, diz Bárbara.
Gosto ruim?
Com as opções disponíveis no mercado erótico, não há desculpas para deixar de usar camisinha no sexo oral por conta do gosto que fica na boca. Os sabores disponíveis vão de frutas até sobremesas e drinks.
Infelizmente, a maior parte das opções ainda é para camisinhas masculinas. “Existe essa ausência nas prateleiras, e isso muito se deve à pouca demanda de mulheres interessadas nas camisinhas femininas, além da própria educação sexual, muito voltada para os preservativos masculinos”, pontua Bárbara.
“Independentemente de ser camisinha masculina ou feminina, o importante é a prevenção. Não vale a pena correr o risco de ter a possibilidade de se infectar por um descuido que poderia ter sido evitado”, finaliza a sexóloga.
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