Shakira e Piquet teriam relacionamento aberto; saiba como funciona
De acordo com um jornalista, o casal, que se separou em junho do passado, teria um relacionamento aberto; saiba como funciona
atualizado
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A separação do jogador de futebol Piquet e da cantora Shakira movimentou o mundo dos famosos no ano passado. O casal, que se separou um ano atrás, ficou no foco da mídia por conta de acusações de traição. No entanto, nessa terça-feira (4/7), o locutor espanhol José Antonio Avilés afirmou que a dupla mantinha um relacionamento aberto, ou seja, que não teria havido infidelidade.
“Existe um acordo em que ‘você faz o que quer e eu faço o que quero’, mas diante da mídia ainda somos um casal”, disse Avilés sobre o acordo, segundo o jornal El Nacional de Catalunya. Acredita-se que o locutor tenha ouvido uma fonte próxima a amigos e familiares do jogador.
Uma outra jornalista, Pilar Vidal, disse que o atleta não queria a suposta “pulada de cerca” fosse apontada como motivo do divórcio. “Ele ficou surpreso com a declaração, porque quem toma a iniciativa é ela”, emendou.
Como funciona?
Para quem não sabe como funciona esse formato, não se trata de um documento assinado e reconhecido no cartório, mas de acordos combinados. Para qualquer relacionamento afetivo existem regras e limites, não é mesmo? E quando a opção é abrir os leques de oportunidades sexuais, tudo precisa estar muito bem ajustado para não ter sofrimento de nenhuma das partes.
Defina se a parceria vai poder sair sozinha com outra pessoa ou apenas quando ambos estiverem juntos e mais do que isso deve-se levar em consideração duas perguntas: será apenas sexo com uma terceira ou quarta pessoa sem envolvimento ou será permitido desenvolver uma ligação afetiva?
Como saber se é hora de abrir a relação?
De acordo com a diretora do Sexlog Mayumi Sato, o momento certo de abrir é quando o relacionamento vai bem e há comunicação: “É importante pontuar que se o relacionamento vai mal, não é hora de tentar algo não-monogâmico, ou ainda tentar abrir a relação a fim de resolver uma crise”, explicou, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Mayumi orientou, que ao contrário da monogamia, onde há regras e é tudo estático, o relacionamento não monogâmico é discutível e não há “regras escritas em pedra”. Adepta ao relacionamento não mono, ela recebe várias perguntas sobre o tema diariamente em seu Instagram.
Segundo Sato, a maior confusão das pessoas é sobre estar solteiro ou em uma relação “não mono”: “É completamente diferente. Na relação não monogâmica você tem uma pessoa que você se dedica, conversa, estabelece limites juntos. Não é comparado a estar solteiro, onde você não tem um par”, elucidou.
Liberdade para retomar à monogamia
E quem já experimentou o relacionamento não-monogâmico, sabe que é comum dar uma pausa. E inclusive pode voltar atrás e ter um relacionamento fechado.
Gustavo Ferreira, analista do instituto Ysos, explicou em entrevista anterior à coluna que existem momentos específicos da vida a dois: “Muitas vezes o casal faz uma pausa de meses, e até anos, na relação não-monogâmica e depois volta”, conta.
Tem ciúme?
Outra crença que existe sobre relacionamentos abertos é que, via de regra, as pessoas não podem ser ciumentas, uma vez que é um sentimento que não existe nessa dinâmica. Porém, o ciúme por vezes aparece. A diferença está na forma que se lida com ele e também em como se leva para o outro.
André esclarece que, mesmo que existam correntes de pensamento que tratam o ciúme como algo puramente construído socialmente, outras linhas teóricas o definem como um sentimento básico do ser humano, a exemplo da alegria ou tristeza. Na psicologia evolutiva, por exemplo, já foram observados em animais comportamentos de retenção de parceria que se assemelham ao ciúme.
“É importante a gente compreender que ele vai aparecer, o negócio é como ele vai se traduzir em comportamentos. Emoções vão aparecer e podem ser desagradáveis, e quando a gente parte para a agressão é um problema, mas a gente pode sentir a raiva e conversar sobre ela com a pessoa. Existem formas construtivas de fazer isso, conversar, explicar o que está sentindo e ouvir o lado do outro”, expõe.
O motivo de as pessoas não conseguirem fazer isso é, justamente, a cultura da monogamia. Uma vez que o ser humano é acostumado socialmente a se relacionar (ao menos abertamente) com uma pessoa só, trata-se de um cenário em que o ciúme não deveria nem chegar a acontecer, quanto mais ser conversado e alinhado.