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Sexo no trabalho de parto estimula contrações? Entenda polêmica

Após repercussão sobre fala de Titi Müller, especialista esclarece teoria e desmistifica crença de que sexo se limita à penetração

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Foto: Erlon Silva – TRI Digital/Getty Images
Sexo no trabalho de parto
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Uma declaração dada por Titi Müller no ano passado após dar à luz seu primeiro filho repercutiu e gerou polêmica nas redes sociais. Na ocasião, a artista afirmou, durante participação no podcast Calcinha Larga, que fez sexo com o marido durante seu trabalho de parto.

“Depois que eu entrei em trabalho de parto, eu transei. Eu não estava em trabalho de parto ativo, mas a minha bolsa estourou às 4h da manhã (…) Eu precisava muito estimular o trabalho de parto e as minhas contrações estavam demorando para engrenar. Aí chamei o Tomás e foi tiro e queda”, disse Titi à época.

Nas últimas semanas, a apresentadora retomou o assunto em entrevista ao jornal O Globo. Müller falou sobre a repercussão distorcida que a notícia teve. “Quando as pessoas leem ‘sexo no trabalho de parto’, pensam logo que eu fiz todo o Kama Sutra ali, mas não foi nada disso. Foi justamente para começar a estimular as contrações, um amor ali que eu considero sexo também, porque não acho que precise ter penetração para ser sexo”, afirmou.

De acordo com a ginecologista e sexóloga Sandra Scalco, do Sexo Sem Dúvida, é comum que as pessoas relacionem sexo com o ato da penetração. Contudo, a crença não condiz com a realidade e remete a um sistema patriarcal na sexualidade.

“O sexo contempla várias outras práticas que não a penetração. Carícias como sexo oral, masturbação, entre outras, também são consideradas sexo. Deslegitimar tudo isso como sexo é uma forma de invisibilização da autonomia sexual feminina, um olhar masculino para o assunto”, explica.

Funciona?

Sobre a questão de que comportamentos sexuais e orgasmos poderiam ajudar na estimulação de contrações, Sandra aponta que, atualmente, não existem evidências de que seja verdade.

A teoria é baseada na ideia de que a ocitocina liberada no clímax sexual e a contração uterina consequente dessa liberação desencadeiam as contrações e o trabalho de parto ativo.

“De fato a ocitocina é o mesmo neurotransmissor das contrações do trabalho de parto. Contudo, a contração uterina que ocorre no momento do orgasmo não tem força propulsora o suficiente para promover um trabalho de parto”, diz.

Apesar disso, não há contraindicações na troca de carícias entre o casal neste momento, a não ser em casos muito específicos de gravidez de risco. Pelo contrário – essa troca promove relaxamento e estreita a intimidade e carinho entre os(as) dois(duas). “É válido. Cabe ao casal a tomada dessa decisão”, garante a médica.

Para as mamães que não estiverem acompanhadas de uma parceria no momento do trabalho de parto, Sandra afirma: a masturbação também está liberada. “Cabe apostar na autoerotização sempre que a pessoa achar adequado e sentir necessidade”, finaliza.

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