metropoles.com

Sexo aos 15, 30, 60 anos: entenda a diferença do comportamento sexual

Muitas coisas mudam da infância até a melhor idade e a sexualidade humana acompanha cada um em todas as fases

atualizado

Compartilhar notícia

Katarzyna Bialasiewicz/iStock
WhatsApp Image 2019-01-31 at 13.53.25
1 de 1 WhatsApp Image 2019-01-31 at 13.53.25 - Foto: Katarzyna Bialasiewicz/iStock

Durante toda a vida, o corpo passa por muitas transformações. O que era fácil aos 20 e poucos anos pode se tornar difícil com o tempo. O envelhecimento e as transformações físicas também influenciam a vida sexual, mas isso não é necessariamente algo ruim. O Metrópoles convidou sexólogas para esclarecer as mudanças durante diversas fases da vida e como isso afeta as relações íntimas.

Sobre o início da vida sexual, a terapeuta sexual Luísa Miranda aponta que a ereção do pênis e do clítoris podem ser percebidos desde a existência no útero materno. “E continuam a ocorrer na infância e nas diversas outras fases, caso não haja um problema fisiológico. Socialmente, a masturbação é um comportamento sexual que diz muito sobre o processo de descoberta e pode influenciar em como o adolescente e adulto se percebem, principalmente se houver repressão dos pais acompanhada de uma educação sexual rígida”, explica.

Apesar de a sexualidade humana ser desenvolvida desde o feto, a educadora sexual Karol Rabelo indica que é apenas na puberdade que o desejo sexual começa a ser desenvolvido. “As descobertas surgem principalmente na pré-adolescência. Em média, aos nove anos, começam a nascer os pelos pubianos. Então, inicia-se um processo com aumento do pênis, testículo, saco escrotal, seios e curvas. Os adolescentes começam a se tocar e perceber o prazer naquilo, o que dá início à prática sexual com cunho de desejo”.

Luísa acrescenta que algumas mudanças variam conforme a cultura onde a pessoa se desenvolve. “Ou seja, não existe exatamente um padrão, porém, a educação familiar e religiosa é muito relevante nesses comportamentos físicos e emocionais”.

Dos nove até os 24 anos, o corpo passa por muitas alterações, em especial na formação dos órgãos genitais. “O pênis atinge o tamanho mais preciso a partir dos 18 anos. Nessa idade, a sensibilidade do clítoris e dos seios também aumenta. Todo o corpo vai se transformando e esse pode ser um período de frustrações por causa das imposições sociais”, revela Karol.

Para a educadora, a adolescência é um dos períodos mais críticos da vida sexual, por conta das mudanças hormonais e corporais. “Os adolescentes não entendem o que estão vivendo, ficam cheios de perguntas e os pais costumam não discutir o assunto. Eles acabam aprendendo na internet e em conversas entre eles. A curiosidade faz com que o ato sexual seja cada vez mais antecipado e existe uma espécie de cobrança social de que não se pode mais ser virgem depois dos 15 anos. Especialmente, os meninos”, pontua.

Essa também é a fase do ápice sexual dos homens, que passam por um pico hormonal muito grande. “Já as mulheres, nesse período, ainda não têm um domínio claro do próprio corpo e acabam aceitando o que os outros esperam que seja o sexo”, opina Karol.

Já Luísa acredita que cada fase tem suas vantagens e desvantagens sexuais. “O conhecimento acerca da sexualidade e sobre si mesmo é fundamental para que resolvamos os nossos desafios pessoais. Com a falta desse autoconhecimento, a probabilidade de insegurança, carências, autossabotagens e relacionamentos tóxicos é enorme. E juntamente a isso, surgem as disfunções sexuais, o que pode acarretar em depressão e outras doenças físicas e mentais.”

Para Karol, dos 26 aos 35 anos é o período em que a mulher entende mais o próprio corpo e começa a ter uma segurança maior na cama, apesar de inseguranças relacionadas à aparência física. Nessa idade, os homens estariam mais seguros. “Apesar de ainda focar na ideia do sexo voltado para a penetração, eles começam a explorar mais por cobrança dos (as) parceiros (as)”.

A partir dos 36 anos, vem o ápice sexual da mulher, segundo Karol. A especialista ressalta que os homens buscam se conhecer mais para atender as demandas e necessidades das (os) parceiras (os).

Ao se aproximar dos 60 anos, há uma baixa na energia sexual, pois os homens começam a ter dificuldades de ereção e as mulheres perdem a lubrificação, o que não impede a prática sexual. “Observo no consultório que a questão do autoconhecimento e dificuldade sexual é comum em todas as faixas etárias, mas é vista de forma diferente por causa da maneira como cada pessoa enxerga a situação”, explica Luísa.

Ambas concordam que é possível se manter sexualmente ativo para o resto da vida, principalmente porque o sexo vai muito além da ideia da penetração. “Socialmente, há uma forte crença de que o sexo envolve apenas a genital. Isso frusta muitos adultos na terceira idade que não se sentem mais merecedores de atividade sexual. A realidade é que existem várias formas de se relacionar sexualmente e ter prazer”, aponta Karol.

Luísa ainda afirma que é normal diminuir a frequência sexual com o tempo, mas não é uma regra. “A tendência é que, com o tempo, apareçam outras prioridades. Mas se o casal tiver o cuidado de manter um bom diálogo, os impactos podem ser minimizados. Aconselho que se toquem e sempre cuidem de si mesmos.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?