Sex positive: conheça movimento que tem mudado a vida sexual da gen Z
O movimento sex positive prega uma sexualidade mais fluida e sem tabus; entenda como ele funciona, segundo experts
atualizado
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O TikTok está mudando a maneira como se fala sobre sexo. Em meio a virais sobre conselhos de carreira e dicas de beleza, um número crescente de influenciadores tem abordado assuntos como saúde reprodutiva, orgasmo feminino, imagem corporal, intimidade e bem-estar menstrual de uma forma mais educativa. A tendência, em alta desde meados do ano passado, ganhou até um nome: sex positive (ou “sexo positivo”, na tradução do inglês).
Ao fazer isso, os criadores de conteúdo buscam uma abordagem mais transparente para a educação sexual, ao mesmo tempo em que criam espaços sem julgamento nos quais podem abordar preocupações e perguntas que rondam o assunto.
Para a sexóloga e terapeuta sexual Tamara Zanotelli, a geração Z (nascidos entre 1997 a 2010) lida de forma mais ativa com a quebra de tabus, em parte pelo alcance que as redes sociais proporcionam.
“Os jovens vêm revolucionado de forma ativa a maneira como as pessoas percebem a sexualidade. E o conhecimento sobre esses temas acaba emergindo de uma forma muito poderosa, fazendo com que os envolvidos abracem sua sexualidade de forma autêntica”, explica.
Ser sex positive, de acordo com a profissional, significa abraçar todas as expressões consensuais de sexualidade como fundamentalmente saudáveis e prazerosas, e promover a educação sexual e o diálogo.
O movimento enfatiza o respeito, o consentimento e a comunicação em relacionamentos sexuais, defendendo que não haja vergonha ao discorrer ou vivenciar o assunto.
Essa perspectiva apoia a ideia de que a diversidade sexual precisa ser pautada prioritariamente pelos desejos, identidades e práticas que se tem vontade, o que deve ser aceito sem julgamento. “Os jovens adeptos veem a sexualidade como uma parte mais natural e bonita da vida. Ela é marcada, principalmente pela autenticidade. As pessoas se sentem mais preparadas para se expressar plenamente”, salienta Tamara.
Na visão da ginecologista e sexóloga Maria Carolina Dalmboni, a abertura sexual é uma característica das novas gerações.
“Eles têm muito mais informação, pelo diálogo e pelas redes sociais, que possibilitam um olhar mais leve e menos tradicionais sobre alguns estigmas.”