Sex Education: 5 temas fora da caixa sobre sexualidade na série da Netflix
A terceira temporada explora novos terrenos e mostra que ainda há muito o que ser ensinado sobre sexo
atualizado
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A descoberta do sexo e a manutenção dele ao longo da vida tem dores e delícias. Assim como a sexualidade. Quando se trata desse assunto é tudo fluido, e cada vez mais fora de caixas (ainda bem!) e com mais desconstrução de tabus.
A terceira temporada de Sex Education, a série queridinha da Netflix, cumpre o que promete no nome e vem cheia de informações e temas relevantes para acender debates importantes que perpassam a sexualidade em todas as gerações.
E quem não viu nenhuma temporada, e espera um besteirol ou cenas de sacanagem, pode se surpreender positivamente. Até porque as cenas calientes estão presentes, mas não isoladas. Elas aparecem com muita informação, leveza e a naturalidade que o tema merece. E prova que a sexualidade é construída.
Fetiches, diversidade sexual, dificuldade para gozar, sexo na maturidade, primeira vez, descobertas, conselhos e educação sexual, e muitas cenas safadinhas fizeram a primeira e segunda temporada caírem no gosto do mundo todo. E mesmo com tanto assunto, a série consegue abordar temas inexplorados na nova temporada. A Pouca Vergonha elencou os mais relevantes que os primeiros episódios da terceira temporada trazem. Confira.
E atenção: A partir de agora, é por sua conta e risco: contém spoiler.
Ativo ou passivo?
Já no primeiro episódio somos convidados a refletir sobre um relacionamento no qual um personagem tem sua primeira experiência bissexual e como é esse processo de descoberta. Adam Groff (Connor Swindells) e Eric Effiong (Ncuti Gatwa ) estão em momentos de descobrir como o sexo vai se dar nessa relação. E podemos acompanhar dilemas como: se punheta é sexo e a dúvida sobre ser ativo ou passivo. Além disso, mostra as fragilidades e dificuldades de Adam assumir qual posição escolher na hora do sexo com o namorado.
Diversidade
A diversidade vai aparecer para além dos tópicos LGBTQIA+, já abordados. Cal (Dua Saleh) é o personagem não-binário que despertará interesse do personagem heterossexual Jackson Marchetti (Kedar Williams-Stirling). O envolvimento e as descobertas dos personagens trazem reflexões sobre um tema sensível e que começa ocupar mais espaço nos debates atuais.
Viva as vulvas!
Quem não ama Aimee Gibbs (Aimee Lou Wood) e suas descobertas e jornada pelo autoconhecimento? A personagem que sofre abuso sexual na segunda temporada e agora lida com os traumas, também é cheia de dúvidas sobre a anatomia feminina.
E a protagonista Maeve Wiley (Emma Mackey) é quem ajuda a amiga e apresenta um site (sim ele existe!) e para conhecer a diversidade das vulvas.
Aimee, nunca imaginei que esse espelhinho ia te levar tão longe 🤯!!
Bora de tour com a Preta Gil, Claudia Ohana, Mandy Candy e Marcela McGowan pelo universo maravilhoso das PPKs lindas? pic.twitter.com/VofIxQih7l— netflixbrasil (@NetflixBrasil) September 21, 2021
Saúde sexual de PcDs
E mais uma vez a série é inclusiva e traz um tema que muita gente desconhecia e não tinha informações sobre. Ou ainda, tinha curiosidade mas não tinha coragem ou a chance de perguntar. De forma leve a nova temporada vai mostrar a saúde sexual de um personagem cadeirante, Isaac (George Robinson), desfazendo mitos e tabus sobre o assunto.
Abstinência
Por fim, esta temporada apresenta, ao contrário do que vinha mostrando, uma tentativa de repressão sexual por parte do colégio. Assim como os adolescentes de Sex Education que passaram por um período de descobertas e autoconhecimento, os temas da série também ficaram mais sérios.
Ao tentar sugerir abstinência sexual e castidade, como forma de tentar algum controle sobre os adolescentes, a conclusão é que a informação é libertadora e não adianta tentar reprimir. A série continua cumprindo a missão de ser educativa, mostrando que a sexualidade é construída na prática.
Não acabou
E não é só isso. A série também aborda questões como pressão para fazer sexo, libido durante a gravidez, descobertas e redescobertas de quem passou tempos reprimidos e confirma que sempre é válido sair da zona de conforto.