Seu filho ouviu o sexo barulhento do vizinho? Saiba o que fazer
Entenda como lidar com as perguntas que podem surgir dos pequenos quando são expostos a gemidos e barulhos de sexo dos vizinhos
atualizado
Compartilhar notícia
Nesta semana, uma mãe usou a internet para pedir conselhos sobre o que deveria fazer em uma situação constrangedora: após seu filho de 5 anos ter sido acordado com os gemidos do sexo da vizinha, ele começou a fazer perguntas sobre o que estaria acontecendo.
“Quase todas as noites há as sessões de sexo mais barulhentas que já ouvi. Dura horas. Ele acordou e entrou no meu quarto, perguntando o que era aquele ruído. Não tenho ideia de como abordar a situação”, desabafou a mulher em um post no fórum Babycentre.
Muitas pessoas se sentem desconfortáveis em ouvir o sexo alheio. De acordo com o terapeuta sexual André Almeida, apesar disso ser muito por conta do tabu em torno do sexo, não justifica incomodar o vizinho a torto e a direito.
“É importante entender que as pessoas têm todo o direito de fazer qualquer barulho, desde que não incomode outras pessoas. Precisamos estar atentos ao espaço privado e onde entra o direito do outro”, explica.
O direito em questão inclui a não exposição — diretamente afetada nesse tipo de situação. Ainda que não se assemelhe a fazer sexo em público, obrigar os outros a ouvirem gemidos extremamente altos é uma forma de expor pessoas que não deram este consentimento.
Como explicar para as crianças?
No caso das crianças, a situação fica um pouco mais delicada; afinal, o clássico “como vou explicar para os meus filhos?” entra em jogo, e, a depender da idade, elas não têm qualquer entendimento do que seria um comportamento sexual.
O psicólogo afirma que, se a curiosidade partir dela, é importante que seja explicado o que está acontecendo, sempre respeitando a idade e o período de desenvolvimento da criança.
“É uma discussão relevante dentro da educação sexual. As pessoas fazem sexo e é importante que, em algum momento do desenvolvimento, a criança o compreenda. Porém, elas devem ser protegidas da exposição ao comportamento sexual, um crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e pode levar a impactos negativos no desenvolvimento infantil”, pontua.
Logo, para não incomodar ou mesmo expor alguém a situações constrangedoras, a solução é estar atento aos horários de silêncio do local e, principalmente, tentar ao máximo atenuar os barulhos fechando portas, janelas, entre outros.