Sem limites: brasileiros preferem coito interrompido
Segundo pesquisa realizada no país, a preferência não é pela camisinha
atualizado
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Em muitos aspectos, a época atual é excepcionalmente boa para ter informações certeiras sobre a métodos anticoncepcionais. Contudo, mesmo não sendo recomendado, muitas pessoas ainda praticam (e acreditam no) coito interrompido.
Sim, você não leu errado. Aparentemente, o ato do homem retirar o pênis da vagina antes de ejacular, limitando as chances de o esperma atingir o óvulo, ainda é muito comum.
“Trata-se de uma ação que deve ser pensada antes de ser praticada devido aos riscos que envolve, como doenças e até mesmo uma gravidez indesejada”, conta a ginecologista Cássia Rebelo.
Segundo ela, é importante saber que não é seguro ter essa prática. “Não é bom e não funciona, tendo em vista que nem todo o esperma é liberado na hora do clímax”.
Uma pesquisa feita pela Universidade de Princeton nos Estados Unidos alerta que, para evitar uma gravidez indesejada e a transmissão de doenças, o melhor é não usar essa “técnica”. Outro estudo feito pelo portal Trocando Fraldas, descobriu que 33% das mulheres não sabem que o líquido seminal que sai antes da ejaculação pode engravidar.
Conforme aponta a pesquisa, o Acre é o estado campeão de mulheres que ficaram grávidas ao realizar essa técnica, com 42% das entrevistadas. Já o Rio de Janeiro lidera os rankings quando o assunto é a prática do coito interrompido, e 73% das mulheres já a executaram.
Em São Paulo, mesmo com um alto percentual de praticantes, somente 23% das participantes ficou grávida após realizar este método.
“É bom ressaltar que é um método ineficiente para o controle de natalidade e pode levar a distúrbios tanto no homem como na mulher. Mas mesmo tendo consciência dessas informações, homens e mulheres continuam a praticar o coito interrompido”, frisa a profissional.
Conforme comprovado pela pesquisa, 2 em cada 3 entrevistadas já praticou essa técnica como método contraceptivo. Além disso, 1 em cada 4 mulheres já chegou a engravidar após um ciclo em que praticou o coito interrompido.
Mesmo sendo uma prática tão comum, 5 em cada 8 mulheres tem medo de engravidar ao adotar o coito interrompido. Esse medo independe da idade das entrevistadas e é bem maior nas mulheres que não querem ter filhos, 83%.
O principal motivo para a execução dessa prática é o fato de que 41% das entrevistadas não gostam de usar camisinha. Em 1 de cada 6 casos, o parceiro impõe a sua vontade por não gostar da camisinha. Além disso, a rejeição da camisinha é mais comum entre as faixas etárias mais novas. Outro motivo, é que 7% acreditam que não poderão engravidar realizando esse método.
“Temos que pensar também que a camisinha não evita só gravidez, mas também diversas doenças sexualmente transmissíveis. Usem camisinha!”, frisa Cássia. Fica a dica da especialista!