Reposição hormonal não é a única solução para queda na libido; entenda
Endocrinologista explica que, em casos de baixa libido, nem todas as mulheres se beneficiam da reposição hormonal como tratamento
atualizado
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Na menopausa, um dos principais tratamentos para diminuir os sintomas desse período — entre eles a baixa libido — é a reposição hormonal. Para mulheres que estão nessa fase da vida ou mesmo as com alguma deficiência de testosterona os resultados podem ser positivos, mas fica a dúvida: a reposição é o único tratamento que melhora a libido?
De acordo com o endocrinologista Rander Alves, da Clínica Les Peaux, as mudanças hormonais podem, sim, interferir na libido. Contudo, é necessário avaliar a presença de doenças crônicas, a dinâmica da relação do casal e até os níveis de estresse, entre outros fatores, que podem estar contribuindo para a baixa do desejo.
“É importante reconhecer que nem todas as mulheres com baixa libido se beneficiarão da reposição de testosterona, pois o desejo sexual feminino é influenciado por uma série de fatores”, explica, em nota.
O especialista ressalta que aspectos emocionais, como ansiedade e questões de autoestima, por exemplo, podem impactar diretamente no tesão. Nesses casos, uma reposição hormonal não seria efetiva para fazer com que a rotina sexual da mulher volte a ser a mesma.
“No caso da depressão, os próprios medicamentos são capazes de diminuir a libido. Os antidepressivos, especialmente os Inibidores da recaptação de serotonina, podem diminuir o desejo sexual. Esses efeitos podem ocorrer devido às alterações nos neurotransmissores e nos níveis hormonais. Quando isso ocorre, é importante conversar com o médico que prescreveu o medicamento para ajuste a dose, mudar para um medicamento diferente ou explorar outras opções”, elucida.
Para além de uma possível reposição hormonal, o médico destaca outros métodos como possíveis abordagens terapêuticas da baixa libido. “Começa com uma avaliação médica abrangente para identificar possíveis causas. Em seguida, são consideradas opções como terapia hormonal e sexual, cem contar com a implementação de exercícios físicos regulares e mudanças no estilo de vida. Buscar orientação médica é fundamental”, finaliza.