Relação direta entre orgasmo e fertilidade é “fake news”. Entenda
Ginecologista explica por que o orgasmo não facilita diretamente a ocorrência da fecundação para casais que estão tentando engravidar
atualizado
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Muito já se falou sobre o fato de que, supostamente, o orgasmo feminino poderia ser um facilitador para a gravidez, uma vez que os movimentos pélvicos e uterinos do momento do clímax supostamente facilitariam o caminho do espermatozoide até o óvulo e, consequentemente, a fecundação. Contudo, especialistas afirmam que não é bem assim que funciona.
De acordo com a médica Rita de Cássia Piscopo, ginecologista e vice-presidente da AMCR, a afirmação não apenas não é verdade na prática, como o fato de pensar muito nisso pode, indiretamente, atrapalhar na fertilidade.
“Quando casais tentantes imprimem regras, como ‘é preciso ter orgasmo’, ou ‘temos que gozar juntos para conseguirmos uma fecundação’, pode ser gerada muita ansiedade e expectativas frustradas, o que só piora as chances de gravidez”, explica.
De forma indireta, contudo, é possível que uma vida sexual prazerosa interfira positivamente nas chances de gravidez.
Isso acontece porque gozar de uma boa intimidade e relações sexuais gostosas com a parceria faz com que as pessoas se estressem menos de uma forma geral. Sendo o estresse um dos fatores de dificuldade para a gravidez, o processo pode acontecer de forma mais satisfatória.
“Logo, minha dica para os casais tentantes é: namorem muito! Mantenham a saúde física, mental e emocional em dia e aproveitem cada momento juntos. Se, ainda assim, a gravidez não acontecer de forma natural, procure um especialista para te orientar sobre reprodução assistida”, indica.