Realizar fetiche do parceiro como “presente” é uma boa ideia? Entenda
Se você já pensou em ceder para realizar fetiche do parceiro de “presente”, repense; sexóloga explica por que pode dar errado
atualizado
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Já pensou ser presenteada por “trair” o marido? Foi o caso da produtora de conteúdo adulto Bruna Carlos, que realizou o fetiche do marido de vê-la fazendo sexo com outro homem e, como agradecimento, ganhou um carro de R$ 200 mil do amado.
Apesar de, no caso de Bruna, ter dado certo, o fato é que “dar” práticas sexuais como presente pode ser uma má ideia — principalmente se esse fetiche envolve mais pessoas. Vale lembrar, por exemplo, o caso de uma mulher em Rondonópolis, no Mato Grosso, que topou o sexo a três, mas ao ver o marido com outra, partiu para cima dele e foi parar na delegacia.
De acordo com a sexóloga Rita Nunes, muitas pessoas (em sua maioria mulheres) aceitam participar sem se perguntar se elas realmente querem aquilo, se vai realmente agregar. Muitas têm medo que a parceria realize a fantasia sem seu consentimento e pensa: “Pelo menos, é melhor eu estar junto” — o que pode ser perigoso.
“Eu acredito que apenas casais que estejam em um relacionamento saudável e em uma fase de vida muito boa devem começar a considerar a brincar com fetiches que envolvem outras pessoas”, afirma.
Caso o casal esteja em um momento ruim e o fetiche como presente servir como uma tentativa de “conserto”, o efeito pode ser contrário. “Esses fetiches podem aumentar o grau de tensão de uma forma que tende a atrapalhar muito mais do que a ajudar. Se está ruim, é provável que fique pior”, elucida.
O mesmo erro também costuma ser muito cometido com sexo anal, principalmente entre mulheres heterossexuais. Muitas não se sentem á vontade com a prática, mas cedem para agradar o parceiro.
A terapeuta sexual Tâmara Dias alerta para o fato de que para o sexo anal ser prazeroso é preciso envolver muita vontade e relaxamento, caso contrário a região fica mais tensa e a prática pode ser dolorida. “Não faça nada somente para agradar alguém”, aconselha Tâmara.